segunda-feira, maio 28, 2012

O vizinho planeja tomar armas contra mim.

Tem uma chaleira apitando no apartamento ao lado. Ela faz barulho forte, viril-afeminado, explosivo. Não, ainda não explode, por enquanto é só ameaça. Mas apita, puta, apita demais. Apita aguda, apita sempre, apita há um puta tempo. Trina e treme tímpano. Alguém a ignora, eu não: antes estoura a panela ou minha cabeça? Não aguento a água fervendo, não quero esse aviso nervoso. Tirem essa porra do fogo! Por favor, é só desligar e servir o chá ou preparar o café, não gastem mais gás nem meus ânimos. Podem parar.


Mas ela apita, eu não posso fazer nada. Grita tanto quanto pode e eu me encolho. Não se pode trabalhar assim. Espero que o chá fique uma merda.

sexta-feira, maio 11, 2012

Uma imagem.

Você se move como uma lagarta em minha cama, seus músculos glúteos contraem-se num vai-e-vem; sua barriga se enrijece, se tensifica… o beijo em nossas bocas se distribui pelo corpo inteiro, suas pernas se movem, suas coxas se roçam e sei que agora você já está molhada, quase pingando — mesmo —, que minha mão encontrará todo seu calor. Você estará pronta para mim.

sábado, maio 05, 2012

Nunca mais encontramos aquelas baquetas.