Nero, sem dúvida qualquer, enfia o pé no acelerador e destrói a traseira do idiota barulhento e interrompemos por aqui num desenquadramento da história antes que botem fogo em Roma.
quinta-feira, novembro 29, 2007
Quotidiano.
Nero, sem dúvida qualquer, enfia o pé no acelerador e destrói a traseira do idiota barulhento e interrompemos por aqui num desenquadramento da história antes que botem fogo em Roma.
domingo, novembro 25, 2007
sábado, novembro 17, 2007
Manhãs.
Talvez esta seja uma boa hora para contar uma particularidade de minha desinteressante existência, nunca confessada simplesmente por não haver motivo algum, até agora, para espalhar esse tipo de coisa por aí, ainda correndo o risco de tornar-me motivo de chacota.
Todos os dias, logo ao acordar, vou à cozinha, encho uma xícara de água e coloco-a no microondas, às vezes 30, às vezes 45 segundos, talvez até todo 1 minuto, então me sento e despejo algumas colheradinhas de café solúvel no líquido quente, misturo, misturo, misturo e sorvo tudo num átimo. Tudo isso é insignificante, eu sei, e também sempre me foi assim, mas há uma curiosidade por trás disso tudo:
Sempre que faço isso, ou seja, todos os dias, ajo como um autômato, sem vontade própria e até mesmo em pleno sono. Só desperto ao sentir o gostoso fluido, às vezes quase como água, outras amaríssimo-amarguíssimo, quase um golpe em minha nuca; a temperatura também varia de dia a dia, e tudo isso muito aleatório e nem um pouco sujeito a minha vontade.
Aos poucos, entretanto, consegui definir alguma espécie de padrão em toda essa rotina. Pode parecer-lhe pura crendice ou sandice minha, não obstante, as qualidades de meu café diário servem-me como uma espécie de horóscopo infalível: quando está fraco e ralo, terei um dia simples e medíocre, sem qualquer felicidade ou tristeza; ao ponto, tudo dará certo e terei boa fortuna; amargo, virá mais um dia desastroso e desditoso. A temperatura define a intensidade dos fenômenos: quanto mais fervente, mais fortes são os acontecimentos.
Percebi isso quando, após acordar com um café fraquíssimo e apenas morno, tive um dia com pouco trabalho, mas nenhuma alegria advinda disso; com todos os colegas me ignorando, não que isso me causasse qualquer depressão; e com absolutamente nada acontecendo. Anotando os resultados do café da manhã e os acontecimentos diários, logo identifiquei os pontos em comum e o funcionamento desse bizarro — eu admito — mecanismo.
E é esta a hora de contar tudo isso a você, agora, porque não sei o que acontecerá comigo hoje. Eu pretendia começar uma nova fase de experimentações; tranquei-me no quarto ontem à noite, disposto a preparar meu café em plena consciência e, talvez, conseguir mudar meu futuro desse modo. De fato, hoje acordei com a maçaneta na mão, tentando abri-la com toda a força que meu ego sonâmbulo possuía.
Meu eu desperto alcançou a chave em meu bolso, abrimos a porta, fomos vagarosamente até a cozinha — veja bem, eu estava afetado pela falta de cafeína me esmurrando — e agarramos a caneca, trememos de ansiedade e daquele sono nervoso decorrente da abstinência matutina, enchemo-la de água e, nesse exatíssimo instante, eu apaguei. Eu tremo de aflição ao me lembrar disso, e não me sai da cabeça de maneira alguma... Olhe, eu não pretendia desmaiar, eu realmente achava que seria capaz de controlar tudo e...
Despertei com o café, como acontece todos os dias. Entretanto, contraí-me de medo ao sentir o líquido, o maldito fluido fervente, aquela mancha diária de negro presságio, que insistia em me trazer más notícias sobre o meu futuro próximo, queimando não em minha boca, não em minhas mucosas maltratadas. Não, antes fosse! Queimava-me as coxas, ardia-me o sexo, transtornava-me inteiro! Nunca me acontecera nada similar, nunca havia ocorrido qualquer deslize, e eu nem podia imaginar se me trazia novidades amargas ou não, sabia apenas que eram muito intensas...
Sei apenas que são intensas, compreende? Eu estou de calça trocada, mas nunca fervera tanto. Não sei bem o que me espera, por isso deixo tudo já avisado, caso me ocorra alguma incrível desgraça ou a mais soberba boa sorte. Pode ser que nada aconteça, mas o ardor de minhas pernas não me deixa afastar os maus pressentimentos e a taquicardia. Queimo por dentro diante do que virá; e não sei.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Concurso "Saia do Casulo":
concurso esse intitulado "Saia do Casulo" e pras pessoas que cursam Ensino Médio. Serei publicado no jornal e oba, então...
Carlos felicita-se.
segunda-feira, novembro 12, 2007
Sobre a obra.
Estou de cócoras, escorre, escorre, desliza... Ploft! Afrouxo minha entrecelha e procuro algo para me limpar. De repente, passa um amigo e aponta para mim: "Cara, você cagou!", "Caguei, caguei! Gostou da minha merda?", "É, ela é bem... marrom", "É que eu como bastante vegetal, sabe? E faço cocô todos os dias, então ele sai molhadinho assim e tão bonito", "Puxa", "Eu até pensei em fazer mais cedo, hoje, mas não seria na quantidade nem na consistência certa, então segurei, segurei, segurei e só liberei tudo agora, daí teve que ser na rua, mesmo", "Ah, legal, cara. Bem, a gente se vê por aí!", "Manda um abraço pra sua irmã! Ah, e você não tem papel, não?".
sexta-feira, novembro 09, 2007
quinta-feira, novembro 08, 2007
Anedotas populares de facílimo entendimento:
"Ué, não..."
"E o que é aquela tal 'Pilha de Descartes'?"