domingo, dezembro 13, 2009

cena de AÇÃO, Qualquer tipo de.

tufe tufe tufe tufe   ufe ufe ufe....   Ah!
tofetofe tofe tofetofe tofe! Ei! tofetofe tofe

arre... tufe tufe tufe tufe tufe tuf tuf tuf tu tu tu t t t t t t t ufe ufe t t t t t ufe ufe ufe ttt.....t..t.
tofetofe tofe BAM tofetofe tofe BAM BAM tofetofe tof...tofe...tof... BAM.

!!!                pótom    purômpafffeeeeee....      Ah h  h    h       h.  . . .
BAM BAM BAM tope.tope.tope. tope.

sábado, dezembro 12, 2009

notícias do reino do arquivo morto (ou: contra a decoração):

queimaram tudo, infelizmente, perdemos mais da metade do pessoal na rebelião, acho que a água está no fim, ou seja, a derrota está logo após a virada da esquina, e, pior, ela vem para cá com as tochas em punho. não consegui salvar absolutamente nada de nossa história, sinto muito, parece prazeroso a eles isso, i.e., queimar.

arre, são criatura horrendas, fedorentas. só o diabo sabe o que vai acontecer com meu nariz, depois de toda essa queimada, brr. evidentemente, você vai achar que este acidente foi culpa de minha falta de rigor cuidando daqui. mas não, isto não. isto foi culpa da sociedade, foi culpa de vocês.

vamos botar uma pedra em cima, vamos começar mais uma vez: parece-me que não queimaram nada, que nem mesmo viraram a esquina, que não há prazer nisso tudo. desde o começo, f12, vamos lá.

Queimaram tudo.

Infelizmente, perdemos mais da metade do pessoal contra esses montros horríveis, fedorentos! Parece prazeroso a eles isso, isto é, queimar de tochas em punho, poluindo nossas águas... Nossa própria casa! E a culpa é de quem? Minha, evidentemente, tanto que disse a elas: "Crianças, não riam de quem está acima do riso!"

Mas vamos deixar isso de lado, vamos botar uma pedra em cima.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Sinta-me os brancos (compromisso, mallu magalhães [:)])

Num escritório, em alguma parte, no meio do oceano índico.............. eu deveria estar lendo e não escrevendo.






    Parlapatões, Lara, parlapatões.

                                            É a sua boca, filho da puta, é essa conaiada toda, arre...


                    e o discurso?        Não importa o discurso.
                                   e a leitura?                 não importa a leitura



Mas e seu posicionamento?                                            Em qualquer lugar,                tanto faz.



Arre! Por valor agregado eu quero dizer          o valor expressivo e informativo pelo qual o som enriquece uma dada imagem. . . . .........                                 de modo que proponho aos...............


                          Lara, assim não te entendem.
       Já faz tempo, você sabe, colocar             palavras               na minha boca não ajuda em nada.
                                                                                       Faz tempo acho que sou amorfa.


Leia que vai lhe fazer bem.
                                                                                          Seus   culhões que vão, seus    culhões.

domingo, dezembro 06, 2009

inútil.

ele aperta as teclas do teclado, mas não sai som nenhum além das próprias teclas do teclado que fazem som de plástico que faz som de plástico.
ele não se desespera, ele apenas aperta a tecla que faz som de plástico, sem som nenhum.
a música agora não tem teclado, mas sim teclas que fazem som de plástico que faz som de plástico.

a música nunca deixa de ser música enquanto for música.

quarta-feira, novembro 18, 2009

domingo, novembro 08, 2009

sussurro aliterado de 24.10.08.

Eu vou beijar essa boca que me deixa feliz nas suas sensações, mas talvez falte algo que eu busco na heroína – não me culpe — e então seus beijos já não podem me deixar feliz de tanto cansaço, porque meus olhos estão ardendo demais para que o abraço funcione e suas bocas de cima e de baixo me recuperem da falta de você ou de mim, mesmo. Você pode se cansar de tanta causalidade, mas é por isso que eu sei que já não há jeito, não me basta mais você nem a vida, agora eu digo adeus e agora me mato como posso, entrego meu corpo ao ar, sem asas, não sei. Canto no canso, queria poder beijar as gotinhas que saem de seus olhos e me lambuzar desse sal amargo; não acho que seja mais o caso, talvez só agora, mas não mais. Jogo.

sábado, novembro 07, 2009

INSEGURANÇA MATA:

Ele não colocou o cinto e aí fiquei em dúvida se eu devia colocar o meu.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Todas as coisas que adoro em você;

- não gosto quando você lê na mesa, mesmo quando você coloca em seu colo, mesmo quando você ocupa metade da mesa com o jornal;
- não gosto de suas meias estúpidas de dedinho;
- não gosto de seu mau hálito sempre que está doente;
- não gosto dos esportes que você pratica, dos políticos em que você vota, das mentiras que você conta;
- não gosto de seus preconceitos e de seus achismos;
- não gosto das camisas terríveis de passar que você compra;
- não gosto quando você esquece o horário ou de mim, ou quando você chama seus amigos para tomar cerveja em casa e esquece de comprar cerveja e sou eu quem tem que comprar;
- não gosto de música francesa.

quarta-feira, outubro 21, 2009

despedida, parte 17.

É só isso, acho.

Há Deus?

despedida, parte 16.

Mr Biggs lay on his bed motionless for several hours before members of the website became alarmed. With the video still streaming, viewers eventually called the local police, who broke down the door, found the body and switched off the camera. Up to 1,500 people were viewing, according to one report.

despedida, parte 15.

despedida, parte 14.

"Todo mundo costuma crucificar a família. Quando a Mira [Schendel] morreu, ela não tinha quase valor e sobrou para a família cuidar de tudo", diz Ada Schendel, filha da artista Mira Schendel (1913-1988).

despedida, parte 13.

Quando a gente tinha uns dezesseis, dezessete anos – e a gente nunca tinha namorado, porque acho que as coisas eram diferentes, ou só a gente é que era (e a cidade era pequena, também. Foda.) – aí ele corria atrás de mim na rua e eu fugia rindo e trombava com os pedestres. Ele vinha atrás querendo me pegar mas sem querer de verdade, e a gente dava voltas em pontos de ônibus até que ele me alcançava e me empurrava na grama e a gente se rolava no chão. Eu ria o tempo todo, quando estava com ele, e eu acho que realmente gostava dele. Talvez a gente se amasse, sei lá.

Eu sei que noutro dia (mas isso foi depois, eu já devia ter uns dezoito, foi logo antes de eu me mudar), noutro dia a gente foi na casa dele ver uns filmes e eu queria muito, sabe? Eu tinha dezoito anos e tava começando a me ligar, então eu queria mesmo. Mas a gente assistiu aos três Star Wars em sequência e tomamos muita, cara, muita vodka, mesmo. Ele tava malzão, sim, mas ele virou pra mim e me puxou com força e aquilo foi ruim demais. Eu deixei ele ser egoísta, sim. Eu deixei ele me segurar os braços, forçar minha boca, eu deixei ele tirar a minha roupa naquela noite e é capaz até que ele tenha gostado, mas quando eu fui pra casa dele eu queria muito, e aí ele estragou tudo, meu, ele estragou tudo.

despedida, parte 12.

Indirect suicide is the act of setting out on an obviously fatal course without directly committing the act upon oneself. Indirect suicide is differentiated from legally defined suicide by the fact that the actor does not pull the figurative (or literal) trigger. Examples of indirect suicide include a soldier enlisting in the army with the express intention and expectation of being killed in combat. Another example would be provoking an armed officer into using lethal force against them. This is generally called "suicide by cop". In some instances the subject commits a capital crime in hope of being sentenced to death. This state-assisted suicide was extremely popular in Enlightenment Era Scandinavia, where law and religion forbade suicide.[citation needed] Today, this type of suicide is relatively rare.

despedida, parte 11.

pra mim quem fez foi um amigo do meu marido,é claro que depois eu nao lembrava
absolutamente nada.foi um horror ficamos
procurando esse amigo [que viaja muito]
por todos os cantos.até que consegui
atraí-lo com um belo jantar e aqui estamos rsrsrs!!!

despedida, parte 10.

People who tell me I am strong and that I will get through this, are actually putting more pressure on me.

I know they mean well and I know they do believe I’ll get through it because of the person I once was, but does that person still exist? I can’t answer that. Do they still see glimpses of that person? I can’t answer that either. All I know is that pressure is causing me to bubble silently inside. Yet the more I bubble, the more likely it is that I’ll explode and I’m scared of that happening because I don’t know what I’ll do…or who I’ll do it to.

despedida, parte 8.

According to the center for suicide research at Oxford University, "[a]ll research suggests that showing, in detail, methods of suicide does result in an increase of those methods immediately afterwards, so portrayal of methods of suicide is ill-advised." [2] According to Mr Mike Cobb, of The Samaritans, an organisation which works with people contemplating suicide, "even showing a method on Casualty has led to an increase." [2]

despedida, parte 9.

Leio sobre cortar os pulsos e sinto meus pulsos ardendo em resposta e a quase incapacidade de escrever.........................................................................

despedida, parte 6.

eu acrescentaria que o que mais me irrita tb, é aquele "perfeito" que quando a gente pega uma bebida de alcool, êle olha escandalizado e sentencia: senhoras não bebem. Tambem me irritam aquelas mulheres que um dia já foram putas de programa, tiraram dinheiro dos velhos pra dar pro jigolô, comprar droga ou encher a cara e muitas vezes apanharam na cara, de repente conhecem um estudante ingenuo em final de curso, leva o rapaz pro JK, adula, passa a conversa, o coitado cai como um pato. Se forma na faculdade, louco de agradecido pela atenção que a putissima lhe despensou casa com ela, começa a trabalhar, ganhando bem, compra uma bela cobertura e a vadia se sente a rainha da cocada preta. Então ela esquece o seu passado obscuro e passa a aperentar uma senhora "perfeita", sem mácula. Isso é que é HIPOCRISIA.

despedida, parte 7.

To kill oneself or not to kill oneself? That is the question for this suicide survivor. Frankly, one of the reasons I participate in griefnet is to remind myself that the pain of a survivor seems at times to be more than that of the person who killed themselves in the first place. When a person kills themselves they are thinking only of their pain and not the extreme pain of those left behind. No matter how black my world may seem at times, I have to remember that it is even darker for a suicide survivor. I have started my own list of reasons to kill myself, and even with a whole list of reasons, I couldn’t do it, because my pain would infect all those innocents left behind, where it would fester and grow to unimaginable intensity, only those on this site know just how intense that pain can get. Do I want my friends and family to have reason to join this site – the answer is NO. So I keep coming back to refresh my own pain, if you will, and remember that suicide is not the answer.

It is also evident that drugs and alcohol are often a factor in someone making the final, impulsive decision. So I am warned to stay away from drugs and alcohol, especially on the darkest of days when it wouldn’t take much to push one over the edge. Seems in those cases its the drug making the decision. In some way, part of my anger at my brother is the simple fact that he killed himself FIRST so now I can’t, because now I know what it is like for those still living. I don’t think he meant to leave a legacy of such intense pain behind, he just wanted out of his own mental anguish. I must say to myself all those things I would have said to him, had I known he was that desperate. Even though I have somewhat healed from my own experience, I keep coming back to remember where I came from – a unique, unholy hell here on earth. No matter how much I hurt, I cannot send anyone else there. Because I am a survivor, suicide is no longer an option for me.

despedida, parte 5.

Desconfio dos eternos bonzinhos, dos politicamente corretos, dos sempre sorridentes ou gentis.
Enfim, pessoas que nunca brigam, nunca se irritam, nunca falam palavrão, nunca são politicamente incorretos, só poder ser uma coisa: FALSAS

Conheço uma mulher assim. Ela me viu brigando dia desses com meu namorado e fica dando lição de moral. Diz q eu trato mal ele... Porém, eu já vi uma vez ela dizer ao dela q ele não poderia comer 1 Bis pois iria engordar e assim, ela o trocaria por um saradão E isso q ele é magro.

Ela não tem ciúme, ela não é possessiva, ela é compreensiva, ela sempre tem razão (sim arrogância é outra "qualidade" dela), é amável, trabalhadora, não bebe, não fuma, não gosta de nada que seja considerado errado, sempre em busca do corpo perfeito (sim é vaidosa ao cubo), só sabe criticar os outros, fica dando indiretas em relação ao corpo dos outros sobre gordurinhas etc.

Enfim, ela se acha a perfeita mas no fundo é uma grande imbecíl.

despedida, parte 4.

o homem encara a mulher nos olhos
e uma gota de lágrimas cai
pelo rosto (dele)
e ele continua a encarando
e ela se sente subitamente tocada
e passa a o entender
e percebe que não é só ela que está triste, ele também chora, ele também se importa

o que ela não percebe é que o homem continua a encará-la nos olhos e que ninguém que está realmente chorando faz isso e que o certo era ele esconder o rosto o certo era ele virar a cara para o outro lado e ela achar que ele a estava ignorando quando na verdade ele chorava e seria pior para os dois mas não seria essa mentira

ele devia estar piscando
olhando para baixo
pra seu cabelo
pro céu?
nunca pros seus olhos nunca

é mentira.

despedida, parte 3.

não suporto os super...eles são super pontuais, super organizados, super responsáveis, super inteligentes..trabalho com uma menina "super eficiente" (rs) em tudo...a tal ficou grávida, e com ela tinha que ser tudo "corretíssimo". Fez ioga, hidroginástica, alimentação naturalista, nunca mais tomou café, nunca mais comeu uma coxinha, nada de som alto .....sabem o que aconteceu? nasceu um bebê super problemático, agora faz 6 meses que ela não dorme direito, ele só chora.....adiantou ela ser "super corretíssima"? rsrsrsrsrs

despedida, parte 2.

aff ,detesto tudo em pessoas perfeitas ! elas só tiram notas boas , sempre sabem de tudo , e quando vs faz algo errado ficam se mostrando superior .
eu tenho uma "amiga" perfeita , até farei a lista do porqe qe ela é perfeita :

- só tira notas boas ¬¬'
- nunca brigou com ninguém , nunca discutiu .
- nunca falou palavrões
- todo dia ela não está nem feliz nem triste , está normal , nunca está triste , e depois diz qe é "equilibrada" , isso é ser perfeita ! como a menina aí de cima disse ! ela só está ocultando a tristeza dela .
- é linda , a mais bela da classe
- tem um cabelo perfeito -_-'
- os professores a amam ¬¬'
- tem um corpo de dar inveja
- nunca faz nada de errado

essas pessoas perfeitas na verdade são o contrário ! porqe elas tentam ser toda corretinha para desinenciar a imperfeição delas , porqe na verdade é isso qe elas são ! mas teem vergonha de errar , de assumir os seus erros , de se feliz ! porqe essas pessoas não são NADA felizes só fazendo tudo certinho ! isso é ridículo!

despedida, parte 1.

"Creio que os artistas deveriam prever o que fazer com sua obra, pois isso é mesmo um abacaxi para as famílias, receber toda a tralha dos artistas que fizeram o que bem entenderam", conta a artista Anna Maria Maiolino.

sexta-feira, outubro 16, 2009

É tolice sua (você é tão... em vão?)...

"Assopro meu café e meus óculos se embaçam, causa e efeito... Sinto o mundo se balançar num iate, a festa terminando enquanto assopro meu café e meus óculos se embaçam. Você deve achar que eu não tenho sobre o que falar, que quando eu tento falar naturalmente em nada penso em você, quero falar sobre você.

Tolo, tão-tolo, você acha que esse texto é sobre você?"

ass.: anie

quarta-feira, outubro 07, 2009

S.O.

Escrevo da sala de operações de alguma espécie de experimento que não tenho muito conhecimento nem controle mas estou acordado há algumas dezenas de horas e não sei quanto mais vou aguentar os chefes dizem que tudo vai acabar em breve em breve em breve que estamos quase que chegaremos lá mas o clima geral é um tanto um tanto parece que as pessoas acreditam que algo não derá certo que nada dará certo que nada será como assim um chiado não para em meu ouvido xiado diabos não sei muito bem meu papel mas eu ajudo a sala é clara bem clara e o tempo passa bem estou até feliz com esse trabalho mas não sei se deveria se deveria focar minha atenção em algo não sei por que me colocara porque me colocaram nessa função escrever tudo que acontece tudo que acontece nada acontece mas eu escrevo monitoro relatoro mas não há nada nessa sala além dos equipamentos a luz e eu escrevendo e acho que não há outras pessoas mas a verdade é que eu nunca posso olhar para trás e em meus ouvidos só esse chiado infinito insuportável relativamente sublimante não sei o que faço o que posso escrever o que posso escrever começa a me doer os olhos mas passa mas volta mas passa mas volta uma boa estratégia é repetir e repetir e repetir nunca saberão porque o texto mas o texto é lido ou transmitido ao vivo para o mundo inteiro saudades do mundo inteiro estamos sem conexão já há algumas horas mas transmitimos mesmo assim parece que dará certo parece que dará errado será que dará algo o que será não sei doendo agora meu pulso meus pulsos minha mãe me disse que esse trabalho talvez fosse um pouco desgastante, mas o dinheiro...

segunda-feira, outubro 05, 2009

pequeno diadema.

(No começo) achei um pouco de graça na tatuagem em suas costas,
logo se tornou uma espécie de sina ou mau agouro...
bem centradas entre suas asas,
abaixo de seu pescocinho,
às vezes cobertas pelo cabelo solto
e quase sempre claras e nuas, estão escritas as palavras:
"I'M BACK"

terça-feira, setembro 29, 2009

Aspas simples, duplas e rubricas.

"Bom, vamos começar com seu nome e profissão, e aí eu faço algumas perguntas sobre o trabalho da sua ONG e é isso, só, tudo bem?"
'Tudo.'
"Ok, então... Seu nome e profissão, por favor?"

Sentamos nós dois um de frente ao outro, em um banco, em uma praça, em um dia silencioso,
em um banco, em uma praça, em um dia silencioso e bom para o som,
salvaguardados por protocolos e protocolos e saravá. Diabo.

'Eu sou Rosa Ângela, coordenadora-geral do PRENARTE. Realizamos uma série de trabalhos com artistas já aposentados, que não podem mais vender sua arte, já não tem espaço no mercado, enfim, sem aposentadoria de verdade.'
"Há quantos anos você participa da PRENARTE?"
'12 anos, mas é quase como se eu tivesse trabalhado minha vida inteira aqui. Bom, eu estou desde o começo, vi essa organização crescer...'

A voz dela tremula um pouco, não me importa,
ela não parece ter nada importante para dizer
não me importa
não me importa

"Como a PRENARTE se sustenta?"
'Ah... Recebemos doações de diversas empresas, mas o grosso vem da contribuição de pessoas físicas que se sente tocada por nosso trabalho.'
"Mmm... Você pode repetir a última frase, um pouco mais pausadamente?"
'Recebemos doações de diversas empresas, mas nossa principal contribuição vem das pessoas físicas que se sentem tocadas por nosso trabalho. Somos todos voluntários.'

Não adianta buscar meus olhos, estou atrás
do visor.

"E... você acredita em Deus?

Ela mira meus pés.

'Sim.'

Ela mira a lente.

um pouco de videoimagens.

terça-feira, setembro 22, 2009

O desgaste de uma palavra.

AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR

AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR

AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
AMOR
DENO
VOAM
ORDE
NOVO

quinta-feira, setembro 17, 2009

S Ô M N E T O

M m m... olha que môça
É pra isso que se vive
(Dessas que eu nunca tive)
M m m... não me trôça!

Ela vem e se balança
É pra isso qu'ela serve
Coisa qu'é da humana verve
Mas que, mesmo assim, me cansa.

Por ela, me deito, sim
Com ela, fech'as pestanas
Sossego da dança densa.

Toda noite vem assim
Finjo que se chama Ana
Mas é Morfeus, noite imensa!

terça-feira, setembro 15, 2009

sexta-feira, setembro 11, 2009

Uma crônica posta em seu tempo.

Leio no jornal que estão me procurando na República Tcheca, provavelmente junto da modelo eslava. Bobagem, todos deviam saber que a fuga mais completa que um homem pode realizar é pra dentro de si mesmo, sozinho; isso posso fazer em qualquer lugar, em qualquer momento, nunca me pegarão aqui. Só não posso ir para o lado errado.

Na página 3 há uma foto de corpo inteiro minha, sorrindo, em Gana. 3 meses atrás, aparentemente, estava um pouco bêbado e me pegaram no flagra.

(nunca estive em Gana, o que esses caras têm na cabeça?)

A modelo eslava. Bobagem, perdi a moça na primeira curva, está lá nas afetividades de 1 e 90 o quilo. No outro caderno, há uma nota sobre minha passagem por Buenos Aires. Enfado infinito. Estamos mais quente, agora.

Pego o jornal de ontem: me prenderam no Uruguai, cruzando a fronteira com a Venezuela (!). A foto é distante demais (será que é eu mesmo?), está tudo escuro e manchado de sangue.

""""""""Aaaaaaaaaaa...* """"""""

* Me pegaram na highway 61. É engraçado, porque eu nunca quis estar nos Estados Unidos, ainda assim, sempre me forço até lá.

quinta-feira, setembro 10, 2009

domingo, setembro 06, 2009

Odeócio.

Falta tempo p'arte
a parte de mim a parte
q'foi e agora parte.

quinta-feira, agosto 06, 2009

Sorte do dia:

"Você se encontrará repentinamente de frente para o mar, os braços dados nó e a cabeça voltada pro chão (nada de horizonte) e tudo isso sem nenhuma chance além do passo adiante, das ondas com gosto de açúcar, do cheiro de algo que não existe e que está submerso, O mar é só a sua nuca."

terça-feira, agosto 04, 2009

Recortes de um caderno de 07, 08 e 09 (parte i).

o caderno ainda vai achar seu ritmo e verdade. os devidos direitos devem ser dados a Ricardo Miyada e sua trupe de cavalos voadores.

Sujeira que foi maior, besteira num tom maior; ah o que há de mior, podê nunca está só.

Partiu, partiu e sorria abestado, talvez té um pouco mal-amado, não é que não soubesse viver... Por partiu pode-se pressupor passar dessa para outra, ou morrer, ou sumir para si próprio.

Torpor pouco, rouco...

Sorriam-se todos [...]

explorar: dia normal / de anormal; fala-fala (remete a 'falácia'); gajo caláctico.

I

Observara o gatinho durante a toda a manhã, receoso que de que per-dessederia algum movimento genial e inovador, algo como um "dois-pra cá, um-pra-lá" felinítico, um novo passo de dança da caça, O dia tava amarelo e se deixasse minha tocaia para lá. A tentativa de captura do pardal pelo filhote felino fora o único começo de decente praquele dia infernalmente quente e amarelo.


Depois, escrevi: miúdo de gato ousa tentar atacar pardalzim mas a a astúcia e a ferocidade apenas lúdicas, nada leônicas, de meu fiozim, não são páreo pra ignorância agilísssima do bichinho aseado, que num só bater de braços já fazia brincadeira começar tudo de novo, quase como se o passarinho também tivesse reindo de monte com os pulos e requebrados pretensiosos do caçador de mentirinha. o gatim fica mesmo deslizando de um lado pro outro, com as garrinhas de fora e o cansaço bem escondidinho praquela besta do pardalzim não perceber que tá danto um trabalhão enorme!

Não era bem isso que eu queria escrever, mas foi assim mesmo que tudo ocorrera e não tive outra culpa que não a de ser sincero. E, sinceramente, foi só essa merda só resume todo o meu ano passado inteiro, de forma que... Falemos Não sou eu.

Machado que se mate, mas falemos sobre outrem.

domingo, agosto 02, 2009

Première dans Auguste.

Not quite said him | not quite like that | not as if I could trust | any kind of mess'age. | Dont dare said me | dont dare to dare me | dont you dare daring yourself | dont there hear me. | Imnot said her | dont you dare peackcocking me | save your time not till you see | no time is dare to be ye. | I guess said you | I guess said to me | folkstelling folkstealing | Yournot there to be. | Save your time said all of them | lipping lips time the same | how you dare messing with us | shame shame shame on us. | Aging friends or to be | looking old not to hear | messin'age mine to ye.

quarta-feira, julho 29, 2009

Sorte do dia:

"Uma parte de você se encontrará num pouco de mel grudado na colher escorregando até sua própria língua até sua própria garganta até que a outra parte de você, a parte que é colher e molher, vai desistir e se largar dentro de seu sabor, de seus fluidos".

sexta-feira, julho 24, 2009

Em três minutos, posso dizer isso tudo:

E então se há algo que é mais podre do que finalmente perceber uma coisa atrás do armário da cozinha e já com vários anos de idade... Digo, se há algo que possa se assemelhar a isso, é justamente o fato do problema grande não ser uma parte de mim, mas de você, de ser apenas pensamentos corridos sem grande ligação, ou um pedaço insistente de memória que vem novamente e o faz pensar e lembrar de todos os episódios que já passaram da vida de joan dark, desculpe a interrupção, mas a namorada de meu irmão, sabe, surgiu aqui e disse oi, enfim, riu um pouco de meu ofício, mas não importa, o que é é que o pão podre dentro do armário... digo, o pão que arde dentro de meu intestino, que me faz ver que pode haver erro em quaisquer escolhas, que qualquer escolha pode ser um engano, se bem que também existem enganos onde não há escolhas, no território certo das afirmações necessariamente erradas e berrantes, enfim, como num fluxo de consciência ou algo assim nesse nível de artifício literário feminino, absolutamente nada, literatura sobre absolutamente nada, absolutamente bazia, o absoluto necessariamente não pode ser, porque se é absoluto é álcool, é bebida, é freezer, skyy? não, nada, cerveja e só, e cerverja e rum e por aí vamos, sozinhos na frente de sua máquina de escrever que na verdade é um computador que na verdade é meu cerébro, meus dedos lépidamente rápidos e sem correção, coitados, totalmente criminosos e criminais e julgadores de algo, assim como você.

domingo, julho 05, 2009

I N C O M P R E E N S I V E L ?

"Você aponta para a minha cara e diz que ora bola, isso que você fez, assim, eu acho que eu não estou à altura para entender, e diz isso sem racionalizar que dizer isso é dizer que eu estou acima ou abaixo ou que eu acho que estou acima ou abaixo, e isso é uma ofensa um pouco pesada tanto a mim quanto a você, pois o que mais me irrita é justamente essa alegação de que algo não foi entendido — é falta de sinceridade, a meu ver, é tudo tão simples e aquoso que a impressão sempre é verdadeira, isto é, exprimo e algo imprime em você e isso é certo, não passam de imagens, de verbos, de colagem, de algo que não é bem dito e justamente por isso não pode ser bem lido, mas é sempre compreensão, simpreensão, até. Esse medo de dizer que algo é ruim ou é besta e, ao invés disso, dizer: mas eu não entendi, como que eu posso achar qualquer coisa. Falta pretensão para que se possa fruir, falta acreditar no que você acha que foi dito e talvez quebrar a cara, mas aí o texto, o filme, a novidade toda, enfim, passam a ser suas e você pode então dizer que não gostou disso ou daquilo, que qual ou tal coisa não são relevantes etc, e então eu poderei dizer

mas isso porque você não entendeu nada.

e, se você for esperto, perceberá que o estou acusando injustamente, embora talvez eu esteja certo, às vezes."

j-l.g.

quarta-feira, julho 01, 2009

Um recado que se pretendia despretensioso.

"Uma noite, percebi que não jogávamos tênis, mas sim uma variação de bocha em que as bolas maiores éramos nós mesmos e a bolinha pequena era a felicidade, o casamento, todos os sonhos cultivados no esterco que era a terra batida que fazia o piso, a ambiguidade da parede de madeira (o fim, mas a possibilidade de retornar e se aproximar ainda mais da bolinha pequena), o objetivo um pouco cruel de ficar mais perto de nossos ideais do que nossos colegas, amigos; enfim, competidores".

segunda-feira, junho 22, 2009

Stablishing shot.

A cidade de São Paulo, tão grandemente pouco densa, esparsamente esparramada por todo canto, forma a cabeça de um cachorro
O quarto mais bagunçado
Dentro do estômago, revoluções, revoltas e refluxos
No bairro de Perdizes faz uma noite calma.
A zona oeste ao centro de São Paulo é boa, é rica
Dentro da carteira, nenhuma moeda.
Brasil, país violentamente desigual em sua geografia, torto a direito, enfim
América Latina: tudo menos o Brasil
O estado de São Paulo cheira a PSDB
As meias no pé sujas, enfim, tão sujas quanto deviam estar, porque o universo é justo e se paga com o que se tem
O universo é justo e se paga com o que se tem
Sudeste: praonde o dinheiro vai, clima agradável
Já o hemisfério sul...
Livros em cima da cama, a namorada também
A rua lotada de ninguém, mas o preto quando visto de cima parece preencher.

E é tão engraçadinhozinho o que você faz doçurazura o que você faz o que você é pra mim
E você sabe doçurazura embora seja tão engraçadinhozinho que você é o mundo pra mim

sábado, junho 06, 2009

sábado às 23h30.

Seus olhos tão esperançosos que chega a ter certa graça que você não verbalize logo suas intenções que suas mãos redundam as minhas e bebemos juntos pela já nonagésima ou coisa assim vez, você que é meu querido amigo e eu, frágil moça agora sozinha sem seu amor de tanto tempo, um pouco mais que esse tempo em que nos conhecemos e nos tornamos amigos de confiança.


— E, de certa forma, personagens do Cortázar, ambos.

— Sim, literariamente, sim — essa sou eu falando, intercalaremos (que bonito que é isso: um diálogo é necessariamente inter-calar, quando um burro fala, o outro abaixa as orelhas).

— Acho isso lindo, che, podermos tomar uma num bar sem problemas, despreocupados, nós dois.

— Não lhe cai bem esse che, parece mais um gaúcho do que um porteño ou o que quer que você quisesse parecer; além do mais, acho que você usa nas horas erradas e só fala besteira.

— Pode ser que sim, mas pelo menos eu te faço companhia.


É irritante — não é irritante? — que você insista tanto em colocar na minha cara que só você está aqui comigo, que eu estaria totalmente sozinha se não fosse, mas... Suas vontades são absurdas, não há porque eu atendê-lo, aceitar os carinhos que você me oferece, a cama quente, o enfim-livre que você insinua; tão óbvio e tão difícil acreditar que você tem medo.


— Há motivo! — e brindamos — Nada melhor que gin tonic, non?

— Não há nada melhor, mesmo.


Enquanto isso, você pensa: “Ela está mal, dá pra perceber na pele dela, será que ela já está pronta? Ou então é o contrário, talvez justamente por não estar pronta eu possa ajudá-la, não sei, arre, me sinto um monstrinho pensando assim, como pode? Não há nada de errado, não meto chifres em ninguém e não pode ser que ela não sinta nada por mim, depois de tanto tempo... E, talvez, durante a noite, após tudo, ela chore e se liberte e enfim esteja pronta, mas pronta já comigo, pra mim, enfim, ou então...”


— Pobre tolo, tendo que me aguentar aqui com esse vocabulário todo mal traduzido.

— Ah, querida, não se engane: é melhor assim.


(Poor fool ... dont make a fool of yourself, you’ll never get me)


— Está tarde, enfim... preciso ir, então.

— Não, querida, você precisa vir.


(I must GO... Not at all, honeydarling, you must come)

segunda-feira, junho 01, 2009

Autocrítica 16.

R: Como assim?

R: Em que sentido?

R: Sim, você está certa, acredito que haja algum convencionalismo aí, mas... Conservadores? Não sei, acho que os casais são mais... utópicos, no sentido que não há lugar para eles e nem tempo, de verdade. Mas não acho que seja nada tão engessado, quer dizer, são sempre as mesmas pessoas, é sempre o mesmo casal, só que ele assume formas diferentes e não é preconceituoso.

R: ... que não existe. Não a considero preconceituosa porque são conceitos sobre algo que não está lá, que é também utópico. De certa forma, amo a ingenuidade de Lara, isso porque foi criada para ser amada [por mim].

R: Não sei. Se faço isso aqui é porque sim, não é? Ou melhor: estou sendo entrevistado e pronto, pra mim isso basta.

sábado, maio 16, 2009

É a sua vez de servir o café.

— Que que cê tá fazendo aí?

Ele olha para ela um pouco como que desentendido.

— Eu... ué, é exatamente o que parece. Tô escrevendo.

Ela sorri toda preguiçosa para ele, se arrasta até a pontinha da cama, até do lado do chão, onde ele está encurvado em torno d’uma cadernetinha .

— Acho que você não devia misturar trabalho com...igo.

Ele olha de esguelha para ela, ora, ora.

— Não é trabalho…

Ela bagunça um pouco mais o cabelo dele.

— É um diário? Você escreve sobre mim?

Ele descosta a caneta do papel, coloca o papel de lado. Olha-lhe um pouco ofendido.

— Não. É só… lazer, enfim. Escrevo sobre nada, mas é normal fazer assim.

Ela pende a cabeça cama abaixo, (mas só um pouquinho).

— E você acha gostoso? Posso experimentar?

Ele solta um pouco de ar, Por que não?, troca a página e entrega caneta e caderno, Talvez seja divertido.

— Ah, não, não é justo, vou escrever na mesma página que você e pronto.

Ela sorriu largamente, afinal, e pôs-se a escrever.

“existe coisa mais bonita do que acordar e ainda estar junto, de conhecer enfim como a outra pessoa é ao amanhecer, se ela se veste ou não, se ela prepara café-da-manhã ou se senta no chão e coloca-se a escrever, se ela é apenas uma mulher e apenas mais um pouco de sexo, ou então, talvez, ela seja muito mais inteligente do que pareceu ontem à noite, enquanto você a comia e provavelmente pensava que ela era só mais uma dessas, quando, na verdade, pode ser que ela realmente quisesse transar com você e gostasse muito de você e percebesse que, de manhã, você escreveria ainda antes dum banho, antes até de me acordar de alguma forma e dar os últimos beijos.”

Quantas línguas um homem deve conhecer para ser verdadeiramente?

Luz estrobofóbica, coisa assim,
os pèzinhos no chão
suingue besta
mão pra baixo
pro ar
pro cabelo
dela
(delas
pra um copo
de alguma coisa)
e uma calmitude grande
:)...
luz estrobonada, luz comprimida,
trem-bala velocidade-luz
na boca pros pés
mão pra baixo
cabeça
cima
cintura-costasbunda, você
(vocês)
:D!

420.

domingo, maio 10, 2009

fábula 07.

fábula 07 - histórias escritas sobre algo algum dia

Os títulos costumam ser substantivos (escrito por pura necessidade).

Naturalmente, não existe nada mais feio do que o corpo de uma mulher... necessariamente esburacado, essencialmente furos, ou seja... não entendo muito bem como conseguem fazer fotos tão lindas a partir de algo tão feio.

Buracos são, para mim, vazios, que sugam pela força da Lei de Murphy... ou de algum adendo dela.

...Sempre começo a escrever com uma ideia na cabeça... e ela se perde... sempre...

quinta-feira, maio 07, 2009

Futuro brilhante para a juventude iminente!

Cê vive de quê?

De lei Rouanet.

De fazer de trouxa?

Ah, mas que poxa;
de roubá os rico
pra dá pra us pobre
coitado que assiste
cinema de nobre.

domingo, maio 03, 2009

Parece que já é maio e estamos com o cronograma atrasado.

Quando ele percebeu que batiam palmas ao ritmo da música, calou-se como se calam os ofendidos, fechou os olhos para baixo, segurou a guitarra con fuerza e quis arremessá-la contra o povo. Não era esse tipo de envolvimento que ele esperava das pessoas, a música não devia ser algo assim intrometida pelos outros.

Quando eu percebi que batiam palmas ao ritmo da música, entrei no jogo, também, afinal de contas, não é mesmo?

Quando percebemos que ele não cantava mais, começamos nós a cantar, certos de que ele dava espaço para o público participar do show, que ele estava feliz com isso.

Quando ela percebeu o que acontecia com o heartburn dele, decepcionou-se com a falta de visão e prepotência e sabe mais o quê. Para ela, era lógico que rock (ou o que quer que fosse que ele tocava, hoje em dia...) era para ser apreciado por pessoas e que era natural que elas se sentissem envolvidas.

Eu, particularmente, não consigo me animar muito com isso de dançar e pular. Bater palmas, cantar refrão, bater cabeça, não sei, presume muita noção musical que eu não tenho.

Ele, particularmente, gosta de música.

Ela, particularmente, gosta dele.

Nós, particularmente, não temos ideia do que está acontecendo e pulamos já pela vigésima hora consecutiva.

Ele, particularmente, é um chato que está indo pra casa.

O show goes on, porque music is my radar.

sexta-feira, abril 10, 2009

Bum-bum-bum ele tinha a doença menos contagiosa que existe.

Grande erro da evolução, seu vírus não passava por ar, terra, órgãos, beijo na boca, filhos alienígenas ou qualquer quantidade de distância entre pessoas e animais e enfim; não havia medicina pois é estatística e não existe estatística de uma só pessoa, então o que havia eram especulações em cima de especulações, algo como "deve ser coisa da alma e não do corpo" ou "é o castigo divino", não sei, não conheço muito bem essa história - ou então eu não me lembro, porque também tenho cá minha doença degenerativa, íntima, destruindo meus neurônios e tudo de interessante, essa que é chamada vida e é altamente transmissível por ar, terra, órgãos, beijo na boca e filhos alienígenas.

A doença dele, no entanto, não é tão indiferente da minha: ele era imortal, e isso fazia dele a pessoa mais famosa do mundo, porque algum dia a imprensa o descobriu e fez uma matéria com fotos e registros dele desde quando se tem registro e começaram a tentar prendê-lo numa prisão (os fatos não se sucederam bem assim, mas é como se fosse) e ele foi obrigado a matar muito para fugir, a destruir a parede e tudo com seu corpo imortal, com sua paciência imortal, com seu corpo sempre jovem - dizem que as células dele se multiplicavam apenas diante de danos, que elas não tinham gerações, que pareciam todas vindas de uma mesma célula original e todas igualmente novas, apesar dele aparentar uns bons 13 anos etc chega de cientificismo.

Ele foi preso porque queriam saber tudo o que queriam saber e ele não dava culhões para aquilo tudo (e se lembrava muito mal, também) e porque ele sentia que o papel dele não era esse. Ele não tinha a menor ideia de seu papel, isto é, e não havia tentado se matar ainda porque tinha plena consciência de que isso seria impossível e idiota. Já haviam tentado convencê-lo de que era deus ou diabo, já haviam feito de tudo para ele, enquanto que ele só queria... O quê?

domingo, abril 05, 2009

MENTIROSO É QUEM MORRE (um pouco de literatura, então).

Era óbvio que aconteceria, afinal de contas era o espaço dele e não o meu, aquele corredor todo dia recebia seus pés e os meus — ao menos eu tentava — sempre o evitavam. Esqueci, não me preparei... dei de cara.
Ao que me consta, era ele que dizia que nada havia acontecido entre nós, o que são um ano e meio? (o que é um ano e meio.), como ele poderia ter me traído se nós nunca Nem me conhecia direito, eu só fui um caso (eu fui o caso) e agora, há quanto tempo, não é mesmo (não é mesmo)?
Ele olhou pra mim, não é?, e havia nada em seus olhos, porque, acho que ele se assustou um pouco, mas eu, não estava preparada, eu achava que não seria nada, porque, afinal de contas, aquele corredor todo dia, e ele dizia que não, antes, e há tanto tempo sem nada, afinal, ao que me consta, ele que me evitava — ao menos eu tentava — era óbvio que aconteceria, seus pés e os meus, eu não fiz nada, eu apenas, eu achava, não seria nada pra mim, porque não havia mais raiva, amor, paixão, ódio, saudade, beijos, e nada.
Matar, matar, matar... ou uma taça de sorvete (se ao menos eu pudesse).

sábado, abril 04, 2009

Autobiografia 11.

Acordei bem, apesar de tudo.
O dia está bonito, à revelia.
Eu penso que existo.

segunda-feira, março 23, 2009

Autobiografia 10.

Uma coisa que está me deixando triste é que a autobiografia não está saindo nada como possível ou previsto, porque as outras pessoas me deixam na mão... É quase como se fosse necessário que eu tomasse as rédeas e escrevesse minha própria autobiografia, ao invés de sentar e esperar as coisas se saindo. Se saindo.

Um teste de elenco é irritantemente sem noção, irritantemente difícil para o ator, irritantemente impossível de se levar, me sinto mal. Tratar com atores é irritante, porque é necessário se impor como pessoa sobre pessoa.

sexta-feira, março 20, 2009

quinta-feira, março 19, 2009

Autobiografia 8.

Houve uma vez na minha vida uma pessoa que... certamente não foi um acontecimento, mas algo mais como um evento ou uma passagem, se preferirem. A gente se conheceu como qualquer criança pode se conhecer nesses dias descuidados de hoje, conversamos, ficamos amigos. Ou até mais que isso, eu acho – ou achava, hoje eu certamente não diria isso, mas ça va. Tinha alguma coisa de bonito (pueril, certamente) naquela cumplicidade afetiva sem toques ou mesmo vistas que a gente tinha. Éramos, na nossa cabeça, namorados. Mas ela ficava longe, isso costuma ser um problema, mesmo que algum possa pensar que não e passar a vida provando - mas é e pronto. A distância, a telegamia como eu chamo, ela tem a capacidade de crescer exponencialmente e então... Eu não sei bem se por isso, ou se por um segundo que me fez pensar naquilo tudo e no ridículo daquilo tudo e, bem, acabamos, por assim dizer. Porque eu fiquei mais longe que simplesmente longe, longe dela mais do que da cidade dela, e alguém podia dizer que continuamos amigos, acho que não é mentir. Não que seja mais fácil, mas pelo menos (super)funciona. É só que andou chovendo bastante e, não sei porque, sempre que chove eu fico pensando se podia ser diferente e vejo que não.

domingo, março 15, 2009

Autobiografia 7.

A primeira menina que eu gostei foram muitas, ao que me parece (ou minha memória faz crer); gostava delas com os olhos, mas demorou para achar alguma que também servisse à minha cabeça ou à minha boca ou, até, aos meus dedos.

Me lembro claramente das Pessoas falando que eu gostava de Débora, mas era mentira delas, nunca havia me passado pela cabeça algo sequer próximo disso. Também, quando me interessei verdadeiramente por alguém mais objetivamente, nunca suspeitaram de mim e nem era um gostar fofo como alguém pode imaginar. Era só que ela era bonita e não era uma pessoa terrível.

Havia muitas pessoas que me davam certo nojo naquela escola. Foi lá que aprendi a ser arrogante, foi lá que aprendi algo de ironia e de sarcasmo, foi lá que aprendi a vingança velada. Também aprendi a desprezar professores.

Havia amigos, certamente, já que, aparentemente, o excesso de dinheiro faz menos mal aos homens que às mulheres. Hoje, ainda que possua grande estima por alguns (ou algum) deles, sinto muita dificuldade de me relacionar com eles: não há vocabulário comum, não há objetivos comuns, a federal acabou terminando de me transformar ainda em outra coisa.

sábado, março 14, 2009

Autobiografia 6.

Por que Cinema e não Literatura?

Satisfação do olhar, um realismo pessoal descoberto nos atores. Isto é, a noção de metaverdade ainda mais pura.

(por que uma autobiografia e não uma autocrítica? que diferença pode haver entre uma confissão sobre mim e uma confissão sobre o que faço ou quero dizer?)

Reitero: o que tenho buscado na Literatura já há algum tempo é uma reapreensão da realidade, existente ou não, e, por isso mesmo, a criação de algo totalmente único, pessoal e verdadeiro. A noção de mentira invertida para si mesma, isto é, um contar que é, por excelência, falso, mas que se torna verdadeiro em sua leitura. A necessidade de uma certa (vero)semelhança construída com a realidade se mostra no clímax deslocado, na subjetivação da narrativa, no fantástico banalizado.

Por que Cinema?

Quando pensei em entrar em Audiovisual, minha noção de Cinema era que era uma arte do paresser, da mentira construída ainda mais forte, pois fundada numa representação do real.

(por que cinema?)

A desconfiança no discurso das palavras aplicada também à imagem, também ao som (por que o som?), também às pessoas todas que estão lá à frente da câmera, atrás. Mais um vocabulário, mais uma falsa sintaxe, mas discórdia e teorias. Uma arte essencialmente moderna, contemporânea à prosa e poesia moderna e, ainda assim, tão distante.

(por que cinema? o que fazer pelo cinema?)

Enfim, uma espécie de amor.

(fauxe bequener)

quinta-feira, março 12, 2009

Autobiografia 5.

Me declaro um voyeur por excelência, id est, o olhar tem importância grande (demais) para mim. Vontades mil focalizadas em um glimpse et, voalá, mais uma pessoa capturada pelo meu olho-estável.

Além disso, é notável minha capacidade digressiva ou, apenas, não-direta-ao-ponto, porque muitas vezes o ponto é indizível ou inexistente, e então me sinto navegando por assuntos que não interessam, ou que são um pouco menos. Também sinto dificuldade em falar com pessoas sem nenhum tipo de afinidade gostística comigo, talvez com todos seja assim.

Eu costumo maltratar pessoas que eu tenho impressão que não pensam suficiente sobre si ou sobre o mundo ou sobre qualquer coisa. Às vezes é puro sadismo, noutras, quero tentar contaminar a pessoa com esse sentimento ruim que eu tenho aqui, que se chama dúvida.

Hiperbólico.

Agora, ligo pra Camila.

quarta-feira, março 11, 2009

Autobiografia 4.

ESCREVO ISTO na aula de documentário. Olá, metalinguagem! Olá, diário! Ufa, acabei de ir fazer xixi, 3 das 4 cabines estavam "ocupadas" e havia um cheirinho de cocô bonito e um barulho de jornal. Agora (ou seja, em algum ponto do passado) estou entre, sentado, Renata e Henrique. A primeira me é uma incógnita, o segundo sleeps soundly, eu escrevo e pronto.

Discutimos o método de escolha de seminário, algo arbitrário e similar a um jogo de regras pouco expostas ou um pouco confuso ou tudo isso. Que besteira, vamos ao filme de hoje, sobre armênios massacrados _ "NÓS", exatamente como foi feito-chamado o romance distópico inaugural. CLOSES X PLANOS GERAIS _ Pelechian.

segunda-feira, março 09, 2009

Autobiografia 3.

Um pouco entediado tentando achar o que escrever hoje... Tantos momentos importantes... Por exemplo: Assisti a WindowWaterBabyMoving com a música tell me e nobody das wonder girls... no fundo... e falta pouco pro dia acabar... Mas agora... Amanhã já é outro dia... Amanhã....

domingo, março 08, 2009

Autobiografia 2.

RICARDO:
No fim das contas, você nem me deu um pedaço do pão com Nutella.
LILA:
Eu dei sim!!
RICARDO:
Não deu.
LILA:
Um pedaço de pão...
RICARDO:
Não...
LILA:
Uma bisnaguinha!
RICARDO:
Você não me deu uma bisnaguinha!
LILA:
Eu te dei uma mordida! E do meio, ainda.
RICARDO:
Não-deu-não!
LILA:
Caramba, eu não tô brincando! Eu dei sim, pode ir ver lá no pote de Nutella!
RICARDO:
Você pode até ter comido, mas você não me deu!
LILA:
Eu dei, sim!!
RICARDO:
Você acha que eu não ia lembrar?
LILA:
Eu te dei Nutella, caramba, para de brincar!
RICARDO:
Ué, por que você tá brava?
LILA:
Eu te dei e você fica falando que não...
RICARDO:
Pra mim, você não deu.

sábado, março 07, 2009

Autobiografia 1.

Então estou no ponto de ônibus e leio um livro do Aumont e leio um livro do Aumont — mais precisamente, releio uma frase para tentar entendê-la — retê-la —, quando uma mulher vestida como se vai à Paulista se desculpou por interromper minha leitura e me ofereceu um folheto colorido com algumas figuras e blocos de texto grandes e brancos. Havia uma tartaruga e um jaguar, o fundo era laranja e ela disse algo como que era para eu o ler depois, disse sobre sua empresa ou não sei bem, e eu compreendi que o que ela queria mesmo era me ensinar a ler, quem sabe, 200 páginas por segundo.

Eu disse não, obrigado, obviamente fui ríspido, ela me perguntou se eu gostava de ler, eu disse eu gosto, mas acho que ela entendeu não gosto, ao que ela me disse que tinha achado que eu gostava, mas as aparências..., então eu disse E U G O S T O, só que ela já se distanciava e voltava ao homem que a acompanhava.

Moral da história: não se ensina a um homem apaixonado por sexo a gozar mais rápido.

quarta-feira, março 04, 2009

Knowing Hochhäusler 2/2.

1.
O cinema é uma máquina de criar realidades, no sentido que o real é determinado pelas histórias, que o relato cria realidade. Assim, metonimicamente, o cinema é realidade - ou, se formos mais ambiciosos, a realidade é cinema.

2.
O roteiro critica a realidade.
A filmagem critica o roteiro.
A edição critica a filmagem.
Ou seja: o próprio processo de produção de um filme deve ser dialético, ou, se aproximando dos conceitos de Eisenstein, deve ser uma montagem de atrações.

3.
Um filme deve ser suficientemente aberto para necessitar do máximo de trabalho por parte de seus espectadores, ou seja, os espectadores devem ser ativos, ou seja, o filme é construído na cabeça das pessoas e nunca independe delas. No entanto, um filme aberto demais (não) permite qualquer leitura e, portanto, não diz nada. Gandhi nunca afirmou isso, mas seria engraçado se o fizesse.

domingo, março 01, 2009

domingo, fevereiro 01, 2009

Ares da graça: artista.

E, neste momento, tudo que eu posso fazer é xingar interiormente o meu agente por ter me feito aceitar uma coisa dessas, estar de pé ao lado do Faustão enquanto um telão me mostra meus pais sorrindo - hipócritas - e dizendo - hipócritas - o quanto admiram meu trabalho e o quanto me deram apoio. Sorrio e balanço a cabeça, Claro que sim, não é? O mais importante para um homem são os pais, acho que só sou o que sou hoje por causa deles, Brigado, pais! Quem-sabe faz ao vivo, acho, e o Faustão felizmente me salva da minha fala e fala por cima de mim, apresenta mais meia-dúzia de gente que eu tinha esquecido totalmente (é mentira minha) e que realmente me emociona (que coisa, é ruim emocionar-se com a apelação), e não tem nada a ver com o conteúdo de tudo aquilo, que é pura burguesia idiota e "Olha como eu venci na vida!", mas sim porque há tanta coisa por trás daquele olhar direto para a câmera e o sorriso levemente abestalhado desse pessoal que nunca foi filmado antes e que deve parecer bonito e simpático para o público e que responde às perguntas mágicas do entrevistador com o máximo de precisão e em três tomadas. Isto é: Pedro Rocha conta sobre as nossas brigas de infância, mas o que interessa (e que ele nunca vai dizer em público) é que ele roubou todas as minhas namoradas até os 19 anos e que nossa amizade sempre foi fundada puramente no ódio (embora este fosse certamente da melhor qualidade); já beijei Agnaldo na boca, também todas as outras experiências heterodoxas de mi vida foram com ele, e isso inclui também a única vez que matei um mamífero de propósito, enfim, que sea; Maria Maria diz tudo de bom e certo sobre mim, mas o que ela fez a vida inteira foi me esnobar e me chutar, até o dia em que tudo isso de artista da Globo começou e nossa amizade se transformou em algo, e, enquanto ela fala, só consigo prestar atenção na boca que finalmente me.

E então aparece a imagem de Sofia e e e e e e eu não sei bem e e e ela diz que me ama muito e e e e e e e e ela conta da nossa lua-de-mel em Parati e e eu olho de esguelha para Faustão e e e e não há onde me esconder e e e e e as dançarinas me flanqueiam a volta e e e e e e o público (o pequeno, não o de todas as tevês ociosas de domingo. Aliás! Inclua esse público também na minha informação e estará tudo nas devidas dimensões) me encara e e e e ela me manda um beijo e eu a encaro os olhos no telão e e e e ela sorri vagamente e e eu olho de esguelha para Faustão e ele olha para mim e e e eu abro a boca e e ele pergunta alguma coisa que eu não sei entender e e e e e e e e e e e eu acho que meu ar não e e e ele olha-me fundo-duro e e eu Mas... e e e e e e ele parece efetivamente preocupado e e a produção parece que e e e e e Ela... Como que vocês? e e e e e e e aparecem pessoas a minha volta e me agarram os cotovelos e e o público provavelmente se deleita com o espetáculo e e e e e e e as lágrimas e e Eu... Vocês... e e e o Faustão chama os comerciais e e e e e e e e e eu De onde vocês tiraram Sofia? e e e e ninguém parece me entender e se bem que eu também não os entendo e e e e e o Faustão pergunta se está tudo bem e e e e e e eu digo Ela está morta.

sábado, janeiro 17, 2009

Polilara.

Lara tinha 9 anos quando sentiu o pedaço de carne em sua boca pulsando e VIVO, ora, e sua garganta se fechou e não foi capaz de engolir. Correu para o banheiro e cuspiu na privada tudo que tinha na boca — a língua, quase —, também vomitou.
Quando explicava o porquê de seu vegetarianismo, caçoavam da história — “Quer dizer que você é das que cospem?”, “Você não gosta quando a coisa pulsa na sua boca?” — ou chamavam-na de alienada, pois faltavam razões políticas, enfim.
Uma vez, Lara disse:
— Foda-se.

***

LARA
Ah... Quando eu tinha uns nove anos, eu tava comendo um bife, acho, e aí eu comecei a... sei lá, eu tava mastigando e eu senti o negócio VIVO, sei lá, PULSANDO. Aí eu não aguentei e fui cuspir e vomitei tudo.

ALGUÉM
Na mesa?

LARA
Não, eu comecei a ficar enjoada e corri pro banheiro.

ALGUÉM
Então você é do tipo que cospe? Você não gosta quando pulsa na boca?
(ri sozinho)
Mas, sério; quer dizer que você não come carne só porque tem NOJO?

LARA
Você acha pouco?

Lara se ajeita na cadeira.

ALGUÉM
Não, é só que... e as implicações éticas? Esse papo de indústria da carne e tudo mais?

Lara puxa o copo com COCA-COLA, pega o canudinho e o coloca na boca, suga um pouco, olha para Alguém.

LARA
Foda-se isso tudo.

***

Viva, ela é pulsante
a carne eu cuspo, sim; sim
eu sou dessas, mesmo.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Um conto escrito às pressas numa LANHouse (Córrego Fundo - MG)

(ou então: ménage ³)

Virgínia veio valente
Pato partiu potente
Nanda nunca namorou
Gabi garante: gozou.

domingo, janeiro 04, 2009

Cheiro de novo de novo.

O que que é o novo? O que que é o ano? O que que é o novo ano? O que que é o ano novo?

Essas perguntas sempre atormentam meu sono, e aí eu trago pra vocês meus caros leitores: como a gente pode dizer que um ano acabou se é tudo só convenção que a gente inventa? Quer dizer, eu invento que o ano acabou e por isso acabou?

Ah, meus caros leitores, eu acho isso tudo muito complicado e chega a ser difícil falar sobre isso. Eu não gosto do ano novo, porque ele é BRANCO e eu prefiro o negro. Eu me sinto sozinho no branco.

Cada ano trás um monte de promessas novas, não é? Já fez as suas? Eu já tenho tanta promessa atrasada que esse ano eu não fiz nenhuma, só tenho que cumprir as dos anos passados que já tá ótimo.

Bom, é isso aí, vou viver meus anos aqui e boa sorte pra vocês!

P.S.: Gente, eu tô lendo um livro do Bradubruy que chama "Fahrenheit 451". Imaginem um futuro em que os livros são proibidos e que eles são queimados pelos chamados "bombeiros". Assustador, não é? Acabam os bons sentimentos, o conhecimento, a prosódia, a poesia e tudo mais e os homens viram robôs sem coração. Caros leitores, recomendo do fundo de meu coração, é MUITO melghor que o FILME.