quinta-feira, dezembro 29, 2005

Feliz Ano Novo!





































































Sinto muito, mas ano novo, só ano (letivo) que vem. Assim como a retrospectiva.

segunda-feira, dezembro 19, 2005

A lógica (imbecil) da vida.

Princípios fundamentais da vida:

1- A vida existe para a morte. Sem vida não há morte, sem morte não há vida.
2- A vida é imbecil
2.a- Assim como todo o universo, partindo das partículas mais ínfimas às maiores (incluindo os seres humanos), a vida é conservativa. As coisas modificam-se, mas o total sempre continua igual.
2.b- Quando há possibilidade de sobrevivência e união, qualquer 'ser' agarra-se a ela, fazendo assim o princípio da multiplicação, evolução e morte.


Há muito, muito, muito tempo atrás, átomos se juntaram e se rejuntaram até formarem bactérias. Fizeram isso porque aconteceu, porque as diferenças elétricas levaram a isso.

Sem mais o que fazer, as bactérias viveram, sobreviveram, multiplicaram-se. Evoluíram.

E nem fizeram isso de propósito: As mutações em seu DNA (causadas por erros, vejam bem) que mostraram-se úteis a sua sobrevivência acabaram sendo adotadas como 'padrão', passadas para seus 'filhos'.

Enfim, as bactérias viviam para multiplicar-se e morrer.

Nesse jogo um tanto inútil de sobreviver por sobreviver, as coisas chegaram ao modo que são hoje. Peguemos o exemplo que 'conhecemos mais de perto', o humano.

Um monte de células, que não trabalham mais unicamente para sobrevivência própria, mas sim para a sobrevivência de todo o organismo. Organismo este cuja 'consciência' é formada por um monte de reações elétricas.

As células vivem para se dividir, morrer e evoluir, da mesma forma que o organismo todo vive para ter filhos, morrer e evoluir. Somos apenas versões macroscópicas de nossas células, e continuamos vivendo pelo mesmo ideal:

Jogar nossos genes para o futuro e morrer, para nossos filhos façam o mesmo, o mesmo, o mesmo... Indefinidamente.

Se não há nada após a morte, creio que isso tudo seja um tanto inútil e imbecil. Em última instância, não serve para nada. Lutamos por uma sobrevivência que sabemos que vai acabar, mas que esperamos prolongar com nossos filhos. De certa forma isso realmente acontece, mas... Seria o mesmo se não fizéssemos nada disso. Se apenas morrêssemos e deixássemos isso tudo pra lá, esquecendo nosso objetivo cego de seguir em frente, evoluir por meio de nossos erros (tanto macroscópicos quanto microscópicos) e simplesmente entender que a vida tem um fim.

Mas não estamos, e espero que nunca estejamos, preparados para tamanho 'egoísmo'. Sentimos dentro de nós a vontade de continuar a linhagem, de continuar o esforço inconsciente de nossos ancestrais eucarióticos. Pois continuamos, pois somos incitados por nossos hormônios a copular, e copular, e copular.

No fim, os humanos são exatamente o que eram no começo: apenas células.
Imbecil, mas é o que temos.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Uma questão de amoras.

Contrônica. Divirtam-se:

Aula de Matemática. Novamente aquele vazio enorme que surge sempre que não penso em absolutamente nada (para que pensar em números?), ou em absolutamente ninguém. Não penso, ou penso? Penso em problemas, mas não os de matemática que estão na lousa. Penso nos únicos problemas que eu realmente tenho:

São problemas com amoras.

Amoras não, com uma amora específica. Não é que ela esteja num galho alto demais para eu alcançar, ela está justamente aí, sedutora, pedindo para ser agarrada. Mas não é justamente esse o problema? Ela talvez, muito mais provavelmente, apenas é sedutora naturalmente, e está apenas parada esperando o tempo (ah, o tempo!) passar.

Por isso não sei se a pego. Quer dizer, eu me decidi que a pegaria, agarraria e enfiaria em minha boca. Mas... mas... Eu não consigo. Ela é tão quieta, sólida, enigmática... E ao mesmo tempo (sim, ao mesmo tempo), extrovertidamente convidativa. Ou é tudo introversão que eu vejo melhor que os outros?

Tenho medo de que a amora pare de brilhar para mim se eu tentar pegá-la. Tenho medo, tenho medo.

Medo irracional (sem entrar no mérito se todo medo é irracional ou não). Droga, o que fazer? Nos fatos presentes, só posso desenhar. Desenhar cousas que não aconteceram, não acontecerão, mas que representam outras cousas, e assim suscetivamente. Desenho cada vez melhor, me afundo cada vez mais.

Será que todos os meus desenhos acabam sendo puxados por essa obsessão por tal amora? Não sei. E nem gosto que me importunem a respeito.

Droga, acho que sou viado.

Não! Não posso ser viado! Digo, eu me relaciono com amoras, eu gosto de amoras, eu... Eu... Mas... A que eu quero... mas... Ah.

Droga. Acabou a aula de matemática. Tô fudido.

Em homenagem a pessoas mortas.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Era uma vez...

Era uma vez um garoto muito doente e preguiçoso.

Um belo dia, ele disse:

'Deixo pra atualizar meu blog mais tarde'.

Um mês depois, fez isto.

E sorriu.