terça-feira, abril 27, 2010

Masculino versus feminino.

Pacotinho de papel de seda"o que é?"é só um presentinho"de quê?"pra você"por quê?"eu quis"Olham-se desconfiados"ok."sorrimos e então (num átimo!)

olhos cruzados nos olhos (um olhar vê o outro olhar, não se trata do fundo da alma ou coisa assim; apenas linhas que se enamoram)
ele
rasga
o papel de seda
dela

"caixinha bonita"agora é sua"e dentro?"tem ar"só ar?"você pode colocar outra coisa, também"legal."
    

domingo, abril 25, 2010

Parede rosa, estante colorida!

O how many books in front of me
like, you know,
they make me smile and sneeze
so happy I am i've read them
and've learnt how to think like them

it's just like eschistosomosis (is this right?)

I mean... why not?

If only they werent so dusty, damn them.



i mean

they make bad for me lungs
and
e
english facilities

turn right and you are there

follow my footprints, they are written, they are massive, they are pretty more Adornistic than Godlessnistic as if Swift was still alive, holding his guts against a crazy-eyed iron Man fighting Sysyphus once again.

because

its so

it's soul

them

confuse for me having to write this while being so so below them

those books
lurking at me
not knowing that I cant' even

really


undertand what they are talking about
and in which language
they try to speak to us

no europe im fine with europe

cortázar and rosa on the sameless self
shame shelf





o poor ghost
i dont know
anymore
if I am taking you to the Ball

or if I'm gonna bring the fucking ball to you.

terça-feira, abril 20, 2010

foi promessa de vida no teu coração.

pau, pedra, fim, caminho
foi peixe, foi gesto, foi prata brilhando
foi noite, foi morte, foi laço, foi anzol
foi belo horizonte, foi febre terçã
foi espinho na mão, foi corte no pé
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
foi estrepe, foi prego, foi ponta, foi ponto
foi ave no céu, foi ave no chão

foram águas de março fechando a versão.

domingo, abril 18, 2010

Por um buraco no chão.

É por uma frestinha no chão
que vejo sorrir
o teu [adivinha só]

segunda-feira, abril 12, 2010

¿Deve ser, não é?

De repente, pode ser que ela não seja culpada de nada e que isso seja totalmente falso e burro, enfim, que condená-la signifique justamente o oposto da justiça. Me parece que ela, sim, assassinou o sujeito com frieza, cálculo, nostalgia e dor, um bastão de beisebol (coisa muito rara, aqui, e veja só, digitais de sua mão na arma do crime), e que não houve mesmo motivo algum para o homícidio.

Aleatoriedade (autoridade dos dados), alearquia apolítica num suingue de madeira na cabeça do sujeito, ora bola. Por que não? Ainda assim...
Algo não gruda. Certamente, a ideologia da menina é uma bombarrelógio: não crê em nada, não gosta de nada, não espera a felicidade, gosta de gatos mais do que de cachorros, enfim, todatoda questionadora e por aí vai. Mas ela sorri _ eu a vi rindo pelos corredores _ e ela chora _ e a vi chorando pelos corredores _ demasiadamente gentil, demasiada gente, bela, frágil, incapaz de matar-sem-se-importar.

Preconceito meu, ê üm. É, sim. Ela sentada lá, e eu sei que as provas todas apontam para ela e que há até uma quase-testemunha, que quase-viu alguma coisa. Nenhuma chance dela ser inocente. Ela não nega nada, chega. Também, não sou eu quem deve julgar as pessoas, eu apenas acuso e pronto.

De repente, pode ser que ela seja culpada, não é? E aí vai ser bem feito que a estuprem e a enfiem num miolo de pão esmagado pelo pé do Dianho, o Sujo Iluminado, que nem ela, eim. Sei lá, comichões, também, mas meu corpo não sabe de nada e não vou dizer que acredito que a gente consiga prever as coisas assim, numa boa, só com uma coceirinha na nuca.

Nada disso, não, não. Ela é linda e perfeita e é talvez mais culpada do que qualquer outra pessoa que já passou por aqui. A superfície pura só torna mais óbvio, pra quem entende dessas coisas, que ela é podre, cheia de bichos estranhos em suas entranhas. Ideias esquisitas.
Sai pra lá e morre de uma vez.

quarta-feira, abril 07, 2010

Os Famosos e os Duendes da Morte (resenha crítica em sofismas).

Esmir Filho da Puta chega chegando e faz uma coisa assim, como pode, Novo Cinema Independente Alemão Brasileiro? Hochhäusler e Petzold, mais publicitário, sim, com certeza, mas, ainda assim... Mais jovem, efetivamente.

O À Deriva que deu certo.

Filmexplosão no inusitado. Que cinema brasileiro é esse? De onde veio com que antecedente? Não é possível, porque... Nada de Espalhadas pelo ar, cruz credo, não é esse nível de diafania.

Fotografia friamente difusa desfocada curta, linda (a garota), lindo, mas a beleza a estetização é a melancolia do lugar do espaço, é o que torna possível.


Tátil mesmo são os vídeos da Tuane.



O choque vem aos poucos, mas é isso é Cinema e é o melhor de brasileiro que minha memória deixa pensar dos últimos anos.

Filhos da puta, arre.






nota: a cena com os velhinhos é ridícula.