terça-feira, setembro 12, 2006

Os mundos imundos.

Logo de começo, a voz fraca e quase imperceptível dEle soou, ressoou e dessoou, terminando assim toda a trajetória de seu manifesto. A pergunta era: Por que o mundo insiste em distorcer as coisas?

Mas isto não se trata do logo de começo e sim do de meio, e o de meio foi o seguinte: Ele olhou como se realmente visse, mas apenas observava de leve, absorto em pensamentos muito mais graves do que a tal visão da decaída do mundo. Os valores novos não eram errados, Ele havia os criado, mas a forma de implantação deles era muito da esquisita.

Mas de meio ninguém escutou seu manifesto, e se ninguém pudesse sorrir, sorriria. O mundo e todo mundo e ninguém são as mesmas coisas, pensou Ele, e tudo sempre vai pelo funil e fica tudo uma gororoba só, onde é que está a personalidade do mundo e dos mundos de cada pessoa?

Gritou a mesma coisa, a voz soou forte e poderosa, todos olharam para Ele, que triunfantemente sorriu. Então de fim, algo de curioso aconteceu: todo o mundo veio em direção a Ele, como um único rebanho, como massa, como água passando por um funil.

Logo de começo, a voz fraca e quase imperceptível dEle soou, ressoou e dessoou, terminando assim toda a trajetória de seu manifesto. A pergunta era: Por que o mundo insiste em distorcer as coisas?

5 comentários:

  1. [...] e todos reinvindicavam o mundo a si e gritavam sobre uma tal de distorção dos seus ideais.

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  2. Distorcidos ficaram meus pensamentos enquanto os miolos tentavam pôr em ordem o que os olhos processavam o.o

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  3. Obrigado pela compreensão, pessoas.

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  4. acabei de concluir que esse é o texto de sua autoria do qual mais gosto

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