quinta-feira, março 22, 2007

Com texto, sem táxi;

[...]
- Que é que resta para nós, Sr. Dubin?
O velho Dubin meio-sorriu, como sempre fez naquelas ocasiões.
- Só o de sempre, algumas poucas linhas para completarmos nossa história.
Chovia, e a calça dos dois ensopava-se com o pingar e respingar das gordas gotas.
- Mas o fim será assim? Um fim fechado, limitado e sem qualquer chance de continuidade?
Dubin sabia o que diria, mas, mesmo assim, hesitou:
- É o fim, no máximo haverá outros começos.
Os lábios afrouxaram.
- Você... Podemos terminar juntos?
- Claro, meu amor.
Qualquer um poderia ver - qualquer um não viu - como os olhos de Dubin eram sinceros e, ainda assim, tristes.
- Então...

A porta do carro branco se abriu, Dubin que a abriu, ela entrou - olhou-o de esguelha antes - e, então, ele fechou-a com ternura.

FIM

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