Tréquiti — eu tava parado, mas ele não. Não chegava a ser empecilho, só que sempre dá menos segurança quando é assim, porque parece depender menos de você (ou até mais, porque tem que prestar atenção e as chances se deslizam pro lado contrário ao seu, pelo menos um pouquinho) —, suspiro.
A estabilidade se dá com um apoio extra, já que o chão nunca se mexe – quando se mexe, não faz diferença, porque aí eu também me mexeria junto com ele e seria ainda pior, ainda mais perigoso – e quase dá pra se sentir arraigado. Essa sensação se dá forte ainda por outro motivo: me deito rente ao chão, fecho um olho, sinto o concreto e o vento na nuca. Tremo-tremia de frio, só.
A estabilidade se dava com um apoio extra, já que meu braço tremia. Nesses casos, a racionalização ajuda muito, fingir que se está fazendo outra coisa, pensar mais nos meios do que nos fins. Ignorava e deixava o fim como suspense e clímax, por mais que eu já soubesse, talvez todos já soubessem o que ia acontecer. Há um quê de universal em cada experiência, acho que é daí que vêem os dèjá vus por todos os cantos.
Parou, parece, mas eu não tava tão parado assim — está vamos looonge... Se bem que ele mais perto de mim, graças às vantagens técnicas da tecnologia. Tréquiti? Sim, já, então é só:
P Á !
Acertei no meio das costas, eram as instruções. Só um tranquilizante, ou coisa do tipo, pra ele dormir.
A continuar.
ResponderExcluirSem gracinha...
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