Então estou no ponto de ônibus e leio um livro do Aumont e leio um livro do Aumont — mais precisamente, releio uma frase para tentar entendê-la — retê-la —, quando uma mulher vestida como se vai à Paulista se desculpou por interromper minha leitura e me ofereceu um folheto colorido com algumas figuras e blocos de texto grandes e brancos. Havia uma tartaruga e um jaguar, o fundo era laranja e ela disse algo como que era para eu o ler depois, disse sobre sua empresa ou não sei bem, e eu compreendi que o que ela queria mesmo era me ensinar a ler, quem sabe, 200 páginas por segundo.
Eu disse não, obrigado, obviamente fui ríspido, ela me perguntou se eu gostava de ler, eu disse eu gosto, mas acho que ela entendeu não gosto, ao que ela me disse que tinha achado que eu gostava, mas as aparências..., então eu disse E U G O S T O, só que ela já se distanciava e voltava ao homem que a acompanhava.
Moral da história: não se ensina a um homem apaixonado por sexo a gozar mais rápido.
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