terça-feira, agosto 31, 2010

Henrique IV, filho do neto do imperador da Vila Leopoldina.

H. IV sorriu-se à pretendente, feliz da vida com a perspectiva de lhe lamber o pescocinho e de lhe cheirar a nuca, de lhe foder um pouco a vida (de um jeito bom e agradável, claro); far-lhe-ia imperatriz de seu coração, cargo imaginário que lhe renderia beijinhos mil de paga mensal, certamente, e mais todo o terreno vasto compreendido pelas extremidades do corpo de H. IV. Sussurrou-lhe ele:
 "Minha mão, meus pés, minha barriga e meu pênis e também todo o resto: tudo teu! Só precisas me aceitar como sou. Cederás teu ventre à minha patriarquia?", riram-se de seus trejeitos, ela. Nuvem indesmistificável, aliás, aqueles cabelos louros que lhe cobriam o pescoço e, às vezes, lhe franjeavam a testa. Tête à tête, ela lhe encarava com olhar perfurbador, cogitava se havia de fato alguma escolha em jogo, se aquele homem seria diferente de todos os outros. Ela pensava, mais ou menos, assim:
"Com H. IV ou não, algum dia eu morro. Nada é pra sempre... O outono é sempre igual".

As folhas caem no final.

9 comentários:

  1. Henrique "Lex" Rocha31 agosto, 2010 11:40

    ;p

    Sandy Jr. roXXor

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  2. Entendi, é por causa da discussão das drogas, né?

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  3. Essa é a juventude que prefere se destruir a se importar com qualquer coisa. Triste.

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  4. Entendi, também. Isso é por causa do meu outro tópico.

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  5. "Perfurbador" é algo analgural. E o texto não tem cunho científico a meu ver.

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  6. Pão-com-bosta analgural

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  7. Anal gore shit-sandwich.

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