quinta-feira, março 12, 2009

Autobiografia 5.

Me declaro um voyeur por excelência, id est, o olhar tem importância grande (demais) para mim. Vontades mil focalizadas em um glimpse et, voalá, mais uma pessoa capturada pelo meu olho-estável.

Além disso, é notável minha capacidade digressiva ou, apenas, não-direta-ao-ponto, porque muitas vezes o ponto é indizível ou inexistente, e então me sinto navegando por assuntos que não interessam, ou que são um pouco menos. Também sinto dificuldade em falar com pessoas sem nenhum tipo de afinidade gostística comigo, talvez com todos seja assim.

Eu costumo maltratar pessoas que eu tenho impressão que não pensam suficiente sobre si ou sobre o mundo ou sobre qualquer coisa. Às vezes é puro sadismo, noutras, quero tentar contaminar a pessoa com esse sentimento ruim que eu tenho aqui, que se chama dúvida.

Hiperbólico.

Agora, ligo pra Camila.

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