sábado, março 14, 2009

Autobiografia 6.

Por que Cinema e não Literatura?

Satisfação do olhar, um realismo pessoal descoberto nos atores. Isto é, a noção de metaverdade ainda mais pura.

(por que uma autobiografia e não uma autocrítica? que diferença pode haver entre uma confissão sobre mim e uma confissão sobre o que faço ou quero dizer?)

Reitero: o que tenho buscado na Literatura já há algum tempo é uma reapreensão da realidade, existente ou não, e, por isso mesmo, a criação de algo totalmente único, pessoal e verdadeiro. A noção de mentira invertida para si mesma, isto é, um contar que é, por excelência, falso, mas que se torna verdadeiro em sua leitura. A necessidade de uma certa (vero)semelhança construída com a realidade se mostra no clímax deslocado, na subjetivação da narrativa, no fantástico banalizado.

Por que Cinema?

Quando pensei em entrar em Audiovisual, minha noção de Cinema era que era uma arte do paresser, da mentira construída ainda mais forte, pois fundada numa representação do real.

(por que cinema?)

A desconfiança no discurso das palavras aplicada também à imagem, também ao som (por que o som?), também às pessoas todas que estão lá à frente da câmera, atrás. Mais um vocabulário, mais uma falsa sintaxe, mas discórdia e teorias. Uma arte essencialmente moderna, contemporânea à prosa e poesia moderna e, ainda assim, tão distante.

(por que cinema? o que fazer pelo cinema?)

Enfim, uma espécie de amor.

(fauxe bequener)

2 comentários:

  1. Informo que deletei meu blogue.
    Por favor, remova-o de sua lista de sugestões.

    Att.
    Kupo.

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