quinta-feira, março 19, 2009

Autobiografia 8.

Houve uma vez na minha vida uma pessoa que... certamente não foi um acontecimento, mas algo mais como um evento ou uma passagem, se preferirem. A gente se conheceu como qualquer criança pode se conhecer nesses dias descuidados de hoje, conversamos, ficamos amigos. Ou até mais que isso, eu acho – ou achava, hoje eu certamente não diria isso, mas ça va. Tinha alguma coisa de bonito (pueril, certamente) naquela cumplicidade afetiva sem toques ou mesmo vistas que a gente tinha. Éramos, na nossa cabeça, namorados. Mas ela ficava longe, isso costuma ser um problema, mesmo que algum possa pensar que não e passar a vida provando - mas é e pronto. A distância, a telegamia como eu chamo, ela tem a capacidade de crescer exponencialmente e então... Eu não sei bem se por isso, ou se por um segundo que me fez pensar naquilo tudo e no ridículo daquilo tudo e, bem, acabamos, por assim dizer. Porque eu fiquei mais longe que simplesmente longe, longe dela mais do que da cidade dela, e alguém podia dizer que continuamos amigos, acho que não é mentir. Não que seja mais fácil, mas pelo menos (super)funciona. É só que andou chovendo bastante e, não sei porque, sempre que chove eu fico pensando se podia ser diferente e vejo que não.

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