Quando ele percebeu que batiam palmas ao ritmo da música, calou-se como se calam os ofendidos, fechou os olhos para baixo, segurou a guitarra con fuerza e quis arremessá-la contra o povo. Não era esse tipo de envolvimento que ele esperava das pessoas, a música não devia ser algo assim intrometida pelos outros.
Quando eu percebi que batiam palmas ao ritmo da música, entrei no jogo, também, afinal de contas, não é mesmo?
Quando percebemos que ele não cantava mais, começamos nós a cantar, certos de que ele dava espaço para o público participar do show, que ele estava feliz com isso.
Quando ela percebeu o que acontecia com o heartburn dele, decepcionou-se com a falta de visão e prepotência e sabe mais o quê. Para ela, era lógico que rock (ou o que quer que fosse que ele tocava, hoje em dia...) era para ser apreciado por pessoas e que era natural que elas se sentissem envolvidas.
Eu, particularmente, não consigo me animar muito com isso de dançar e pular. Bater palmas, cantar refrão, bater cabeça, não sei, presume muita noção musical que eu não tenho.
Ele, particularmente, gosta de música.
Ela, particularmente, gosta dele.
Nós, particularmente, não temos ideia do que está acontecendo e pulamos já pela vigésima hora consecutiva.
Ele, particularmente, é um chato que está indo pra casa.
O show goes on, porque music is my radar.
Bossanova é uma merda mesmo. Toca um sambinha aí, pelo menos.
ResponderExcluirOh puxa.
ResponderExcluirNão é mesmo?.