Porra que merda de caneta emperrada que me faz ficar preso numa página que poderia muito bem ser mandada praquela puta que a pariu. Quê, que e quê? A parte mais importante da vida de Henry fica a pouquíssimas linhas daqui, mas as palavras engasgaram-se no passado e agora é impossível alcançar o futuro do pretérito a não ser que conjeturássemos sobre.
Henry faria as coisas que quisera, se tornaria feliz comparado com seus amigos menos certos — ou mais errados, não é exatamente o mesmo — e alcançaria a felicidade com Jullie facilmente, mas aconteceu que aconteceu um problema que não era para, a história da minha cabeça sofreu um leve tilt quando comecei a ouvir a música que você me mandou e a vaca leiteira que é a minha criatividade parou de funcionar junto com a caneta.
Ode à BIC
Oh, caneta que canta o canto encantado
Vertente das palavras mais sóbrias
E falsas que existem.
Oh, linda ferramenta barata abrindo os caminhos
Literários pra morte.
Bendita BIC, borra.
Henry esfregaria Sua Cara nos peitos de Jullie em busca de carinho, ela lhe sorriria e lamberia sua testa e tudo estaria muito bem encaminhado, mas dessa vez — glupe-glupe: a caneta vai se livrar que eu sei — é Jullie que esfregou Sua Cara na Sua Cara de Henry, foi ele que lambeu o lóbulo esquerdo dela e ela morderá o dedinho dele e Sua Cara sorrirá com tanta protoppornografia descente na sua frente.
Henry beijaria a boquinha de Jullie, que passaria sua mão por Sua Cara e que suspiraria, os dedos dele fariam aquela coisa que você imaginou por mim e na verdade Jullie jogou as pernas por cima dele e os dois caíram c’um tanto tesão no chão que a vizinha debaixo percebeu que começará tudo de novo e já estava batendo com a cadeira no teto e gritava:
SEUS PORCOS NOJENTOS
BARULHENTOS, GOSMENTOS
CALEM SUA BOCA, QUE POCA
VERGONHA
MEU FILHO NÃO TEM QUE OUVIR ESSES GEMIDOS DE MERDA DE VOCÊS DOIS.
Eu não sei se o conto estará pronto pra quando você chegar e muito menos se você gostará, porque a caneta não quer pegar direito e não sei se você vai sequer consegui ler isso aqui e também você prefere a versão um ou dois? Sua música quis que fosse ela por cima e não ele por cima, você fez com que aos 9:33 aparecesse um homem nu pela porta da frente, ele abrirá a boca e cairá aos prantos, porque ele é William e era ele que devia estar lá e na verdade está Henry fazendo o bom trabalho de parto às avessas.
Ah, bem, a caneta pegou.
!
ResponderExcluirqunado eu olhei o texto pela primeira vez pensei: experimental demais.
ResponderExcluirai fui lendo e no meio do caminho mudei de idéia; mas daí chegou no final e achei ainda experimental demais, pro meu gosto.
vai saber ne, vai ver eu que sou preconceituoso...
( minha fração designeeaeer, gostou =) )
Também achei que você estava voltando a uma formatação longe do meu alcance, mas foi só a primeira impressão.
ResponderExcluirIsso você escreveu à mão, como costuma (acho), mesmo?, e se sim, saiu assim, todo borrado ou é só arte, mesmo?
Só fiz arte, mesmo, jeje.
ResponderExcluirMas não costumo escrever à mão. Quer dizer, o que importa é o lugar em que estou e tal.
Pedro, você é um reacionário calça-presa!