Doutro lado do metrô, logo ali na outra plataforma, separados de mim por um vão, há um homem e uma mulher.
A frase sofre de imprecisão e até mentira, eu sei, mas doutro lado um homem e uma mulher.
É um casal jovem, em média 15 anos cada um, um casal jovem e peculiar e até peculiar, e ambos se dão as mãos e ela é toda ternura com ele, e ele sorri aquele sorriso de homem que sabe que é amado e protegido por uma mulher.
Quanto amor naquele casal! E como ela trata o outro como se fosse uma bonequinha enorme, que merece todo o cuidado, e beija aquela boca dum jeito estranho e constrangedor para a gente que observa do lado de cá.
Uma dupla ao meu lado comenta os dois, pode-se ouvir um deles falando "É... Tá certo ele!", e ela é japonesa e ele é barbado, doutro lado. E as mãos dela tentam cobrir completamente a mão dele e ela tem uns oclinhos e ele tem sua pasta e sua cara de universitário.
Eu, aqui do meu lado, acho um absurdo aquele encantador casal, aquele encantador e jovem e peculiar, peculiar casal. Contemplo admirado, repugnado, , minhas coisas se mexem dentro de mim, e sou capaz de acreditar que todos os outros têm suas coisas móveis também. E um monte de borboletas.
Doutro lado do metrô, um crime à mostra, uma criança de 10 anos e outra de 20 se namoram. E a moral, e o moral? E minha vontade de ridicularizar o pobre rapaz? E minha vontade de me jogar nos trilhos?
E aquela boca infantil e todo o ranho das crianças?
Como pode?...
A frase sofre de imprecisão e até mentira, eu sei, mas doutro lado um homem e uma mulher.
É um casal jovem, em média 15 anos cada um, um casal jovem e peculiar e até peculiar, e ambos se dão as mãos e ela é toda ternura com ele, e ele sorri aquele sorriso de homem que sabe que é amado e protegido por uma mulher.
Quanto amor naquele casal! E como ela trata o outro como se fosse uma bonequinha enorme, que merece todo o cuidado, e beija aquela boca dum jeito estranho e constrangedor para a gente que observa do lado de cá.
Uma dupla ao meu lado comenta os dois, pode-se ouvir um deles falando "É... Tá certo ele!", e ela é japonesa e ele é barbado, doutro lado. E as mãos dela tentam cobrir completamente a mão dele e ela tem uns oclinhos e ele tem sua pasta e sua cara de universitário.
Eu, aqui do meu lado, acho um absurdo aquele encantador casal, aquele encantador e jovem e peculiar, peculiar casal. Contemplo admirado, repugnado, , minhas coisas se mexem dentro de mim, e sou capaz de acreditar que todos os outros têm suas coisas móveis também. E um monte de borboletas.
Doutro lado do metrô, um crime à mostra, uma criança de 10 anos e outra de 20 se namoram. E a moral, e o moral? E minha vontade de ridicularizar o pobre rapaz? E minha vontade de me jogar nos trilhos?
E aquela boca infantil e todo o ranho das crianças?
Como pode?...
Se seguir a progressão, a próxima terá 5 e o outro adulto, 25. =P
ResponderExcluirDiaxo! Muito bom.
ResponderExcluirGostei da linguagem.
Eu, aqui do meu lado, acho um absurdo aquele encantador casal, aquele encantador e jovem e peculiar, peculiar casal.
ResponderExcluiradoro esas virgulas.
seu velho
hahaha
Hahahaha
ResponderExcluirGostei do "em média, 15 anos".