quinta-feira, agosto 30, 2007

Som.

A mão dela girou em seu eixo um pouquinho, o volume aumentou e os três se atentaram.

"Olha, seu pai vai falar no rádio!"

Os ouvidos tilintam de curiosidade e expectativa, as duas crianças e a mãe ignoram o trânsito e apuram a audição.

"... Agora o diretor do Departamento de Cultura, Jean de Silve, irá comentar sobre a lei de incentivo ao cinema... Jean, o dinheiro que é gasto pelo Estado dessa forma retorna de alguma maneira para a população?..."


"Boa noite, Turíbio, sim, eu acho que há um retorno, de tal forma que... Veja bem, nós do S..."

"
Bam!"

Ouve-se um estouro, os três pulam assustados e saberão logo que o pai foi baleado por motivo algum.

"Começa agora a Hora do Brasil."

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9 comentários:

  1. ironia do silêncio

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  2. agora que eu percebi que sempre, sempre, é só eu sair um instante que, quando volto, não reconheço esse blog (costumo não gostar de primeira, mas foda-se), ainda bem!

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  3. Está aí o que há de bom e ruim na tal da experimentação.

    Eu experimento, tu experimentas, nós desgostamos!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Ah, prefiria que tivessem batido no carro.

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  6. porra, eu ainda vou acabar me matando.

    Tudo é ruim! tudo é um lixo! tudo seria melhor!

    Tudo vá à merda!

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  7. Nâo, na verdade eu preferia os tiros mesmo.
    A batida de carro é o tipo de coisa que EU colocaria no texto, eca.

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  8. Comentário excluído

    Esta postagem foi removida pelo autor.

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