sexta-feira, janeiro 11, 2008

Vai nessa mesmo.

O pai deu ao menino um pedaço de pano preto, quase uma carteirinha, e disse 'Isso é pra dar sorte, meu filho, é um santinho; mas não abra, ou então...', o filho fez que sim, embora não acreditasse em Deus nem em seus santos, toda a ajuda é boa quando se faz o vestibular.

O garoto entrou em sua sala, suando baldes, sentia-se pronto e etc. Recebeu a prova e abaixou a cabeça e deslizou respostas pelos papéis e marcou letras várias e percebeu que não sabia porra nenhuma.

Vomitou no banheiro uma vez, duas e, na terceira, viu que aquilo não daria nada. Não funcionara o santinho, não funcionara o estudo, não funcionara a autoconfiança. Tudo que ensinaram ao menino era errado, parecia. Ele pegou a merda do santinho e abriu e havia um papel amassado, amarelado e os dizeres '1b2a3e4e5a6d7a [...]'. Etc.

Seguiu à risca as instruções e ninguém o pegou, chegou em casa e abraçou o pai e 'Muito obrigado, pai!' e por aí foi; até que ele viu o gabarito na Internet e havia-se enganado.

8 comentários:

  1. Hahahahaha

    Poxa, estava nesse exato momento cabulando o trabalho e lendo seus textos antigos, de 2005.

    Meu Deus, quanto progresso!

    Mas antes tinha uma presença grande de menacers aqui, e agora... :(
    Até o Z@ndor postava!

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  2. Ah, só não gostei do ";" no finalzinho. :P

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  3. Me identifiquei com o texto, eu gorfei na Fuvest! =\
    ahauahuhuahuaa

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  4. O vestibular tem mexido com os blogs, ultimamente!

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  5. acho que voce ta na pegada da ideia fixa do vestibular hein.

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  6. Tomem vergonha na cara e leiam o texto grande que vem em seguida, que é infinitamente melhor que este aqui e etc.

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