quinta-feira, janeiro 21, 2010

"Não entendo absolutamente nada do que você diz", parte II.

Urra! Me livro do peso do pesado peso (o livro, até onde sei, se bem que runas antigas dificilmente seriam escritas em um livro. Valha-me a foda!) jogando-o no porta-malas. Se por um momento julguei que minha tremedeira era por causa do pacote, na verdade é justamente o contrário. Quer dizer, não é culpa do pacote e dele ser P E S A D O (me lembrei, foi assim que chamei da última vez), mas sim de alguma coisa estranha que parece ter acontecido lá atrás. O que era? Pego e acendo um cigarro, encosto no capô.

O estagiário cheirava a desodorante feminino, mas é natural que seja assim, já que é quase certo que ele não é lá dos homens mais homens que conheço, apesar de Anna dar toda a atenção do mundo a ele e absolutamente nenhuma a mim. Também não sei qual é a da barba, e nem qual é a daquele tique de sorrir sempre que acha que falou alguma coisa engraçada, de qualquer forma, enfim, para mim ele não é nada, eu juro. De raiva, trago mais forte.


"Filho-da-puta", arre, odeio cigarro light.

Déjávóu! É isso! Cigarro light! Por que um cigarro light na minha boca, agora e antes? Eu odeio! Não é possível que isso simplesmente tenha aparecido em minhas mãos, assim, sem razão ou motivo! Ora, agarro com firmeza o maço em meu bolso e o coloco contra a luz... Não há nada.

Não, esperem! Flutuando logo atrás do pacote, uma borboleta vem descendo em minha direção. O sorriso mal cabe na minha cara, caramba!

"Cabeçudo, você fica lindo sorrindo que nem um idiota, mas... pode devolver meu maço?"

Gèlo.............. A voz, inindistinguível, é de Anna. Corro para o carro, pulo no banco do motorista e

VVVRRRRRRRUUUUUUUUUUUUMMMMMM!


Vadia.

2 comentários:

  1. cheguei aqui clicando no botão "próximo blog>>>" da barra do blogspot.

    às vezes a gente dá sorte.

    volte lá quando tiver tempo. fique à vontade.

    abraço.

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