sábado, abril 26, 2008

Autocrítica 2.

Fugir da racionalidade talvez seja um dos objetivos mais claros dessas coisas que vocês vêem por aqui; o objetivo não é, de forma alguma, a inovação pela inovação; o "experimental" busca uma certa organicidade que não estava presente no próprio autor; assim sendo, uma pessoa que sempre enfiou seus pés em valores iluministas pode se soltar um pouco da ideologia e do próprio modo lógico de se ver as coisas; liberdade formal.

Renega-se a inteligibilidade como valor.

O importante é a metaverdade, a ficção produzida aqui, o próprio texto se desenha como uma história gráfica e quasissonora. O posto aqui não se presume como valores absolutos: deslizam e eu mesmo não acredito seriamente neles.

O ponto todo é este: contraste entre o que eu digo e o que se quer dizer, entre o que eu faço e o que eu digo que significa, entre o que eu digo que faço e o que faço, entre dizer e fazer dizer, todas as buscas assim. Me apóio na racionalidade, me apóio na gramática, me apóio na crítica mas é justamente com o intuito de afirmar o oposto; O mesmo ocorre quando corro para o lado das letras gritantes e jazzísticas.

Não é dialética, é algo mais organicamente simultâneo, é duplipensar ou pòsmodernismo.

Quantas regras e para o quê? Qual é a idade certa para fundar sua própria teoria?

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