Comi minha primeira maçã ontem.
O método é que interessa: lavei, tirei ambos os umbigos para evitar contaminações químicas graves, me preparei para o choque cultural que a coisa me daria e mordi a bunda da maçã. Me ensinaram que o melhor era começar por sua bunda e talvez o seja, mesmo. As primeiras mordidas foram tão indolores quanto o imaginado, afinal, não havia nada de novo em comer a traseira da maçã.
Então, cheguei ao fruto propriamente e não havia gosto ruim. Eu mordi as sementes e não havia gosto ruim (na verdade, a única coisa notável era o padrão lindo que as sementes faziam, circular e simétrico, e também [menti ao dizer que só havia uma coisa notável] que a maçã toda fosse tão bonita quando comida por baixo) e tudo foi mesmo muito agradável. Além de tudo, senti pela primeira vez o que realmente era comer uma maçã e segurá-la por o que seria sua tampa, mas de ponta cabeça e como uma bandeja que é o próprio prato que é o próprio alimento.
Uma maçã, todatoda ela.
tenho saudades de comer maçãs mordendo-nas. por causa do aparelho agora só as como picadas com faquinha, é frustrante. grande parte da experiência de comer uma maçã é o método, realmente. este post me foi nostálgico - me motivou a comentar.
ResponderExcluirFaltou o tradicionalíssimo comentário postpostum:
ResponderExcluirUm texto da série "Exemplifique porque Georgia é muito mais interessante que Verdana".
Todatoda, nada. E os umbigos? Aliás, eu sempr tirei um só. Nem sei se sei qual é o outro.
ResponderExcluirE de qualquer jeito, maçãs são overrateds.
Prefiro tomates. Todotodos e que nem maçã.
A questão não é o fruto em si. Tomate eu sempre comi todotodo, mas maçã sempre me deu um repúdio gigantesco comê-la inteira, isso é, comer o fruto propriamente dito e as sementes e etc.
ResponderExcluirOs umbigos não fazem parte do meu conceito de maçã e, portanto, ficam de fora da coisa.
Safado comedor de bunda de maçãs!
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