sábado, fevereiro 12, 2011

Que coisa!

Não sei se era um ônibus ou um barco ou até um cais, estávamos nós em cima dele e de repente era a hora de descer e um colega se jogou na água e foi nadando até o navio-catamarã cruzeiro e eu fui correndo pela ponte de acesso, mesmo. Quando percebi que no outro navio só havia gente pelada e, consequentemente, era um navio-catamarã para gente pelada, me arrependi profundamente de ter subido lá, ainda mais porque o irmão de minha namorada estava conosco e sempre primei por não sair balançando meu pinto na frente de familiares adquiridos. Evita-se muita confusão. Sendo assim, começamos de novo:

É um navio que também é uma mansão numa rua que só deve existir na minha cabeça, não há mais traço de gente conhecida – ufa! pipi a salvo –, mas uns rostos repetidos ficam em minha cabeça: uma ruiva novinha com seus pais e um irmão; uma de cabelos escuros encaracolados, óculos de aro grosso, testa um pouco grande, cara de brava, bonita; um cara muito alto que lembrava vagamente um colega da época do ensino fundamental, com um jeito meio besta; outros jovens menos marcantes e com papel menos marcante etc.

Não sei direito o que acontecia, algumas pessoas insistiam em ficar peladas, eu mesmo provavelmente estava vestido, sei que era tudo muito maluco. As pessoas se comportavam de um jeito esquisito demais. Agora, que penso melhor no que contar, percebo que esqueci o final. Merda merdinha merdão! E tudo fora de ordem!

Estávamos na rua e vi a ruivinha comendo com seus parentes dentro de um apartamento – pensei como era bonitinha e novinha e como seus parentes eram repugnantes, seu pai gordo e sua mãe com um sorriso enorme. E a menina tão caladinha! Tinha um cara com uma arma, e de algum jeito eu o desarmei, então ele tinha uma mala cheia de outras armas e os caras – entre eles o alto com cara de boçal – começaram a brincar de atirar nas outras pessoas, que morriam na hora. Num átimo, era eu o alvo e eu fugia e corria e foi aí, acho, que percebi que tinha um controle maior sobre a situação do que eles. Não sei direito porque isso tudo acontecia fora do barco-mansão, mas era dentro ao mesmo tempo, também.

Um cara tinha um carrinho de doces e tentou me vender alguma coisa, uma bala ou um bombom, eu disse que não tinha dinheiro, mostrei minha mão vazia, mas aí eu imaginei – com a mão fechada – e a abri e tinha algumas moedas de 5 centavos. "Eu posso fazer o que eu bem entender", mas também não havia controle absoluto, mas pensei mais e apareceram moedas de 25 centavos e, com um pouco mais de esforço, moedas de 100 reais, azuizinhas surreais. Mmm... Corta!

Então de volta à mansão e ainda existia alguma rivalidade entre eu e os moleques que tentaram atirar em mim, o cara alto tinha uma espécie de lança enorme de gigante, vermelha, meio molenga que nem bambu, mas nas 2 pontas tinha como 3 lâminas – quem conhece armas brancas vai entender – e eu tinha que lutar contra ele e me deram uma lança igual e era muito difícil de usar, mas ele veio tentar me acertar e errou e eu fiz a lança cortar os ares horizontais e uma das lâminas fincou na roupa dele e o derrubei no chão assim e ganhei dele.

Aí fica mais complicado, porque já sumiu quase tudo e é incrível que, ao mesmo tempo que eu tinha consciência dentro do sonho que era um sonho eu tipo não me tocava que era DE FATO um sonho e que eu estava dormindo, mas tinha pessoas andando pelos corredores – que na verdade eram mais como um mezanino gigante, com um buracão tipo a bienal – dançando e cantando e sei lá mais o quê, e aí não lembro se era a moça dos cabelos escuros encaracolados ou a ruivinha, mas eu fiz com que ela tirasse as roupas, mas era como com as moedas, eu fechava os olhos e quando abria ela tinha tirado mais da roupa e ia tirando de um jeito sensualizador e vulgar, não sei – juro que não sei mesmo! – se rolou alguma coisa, mas pensando assim retrospectivamente, que trash.

E aí, no fim, tinha uma construção-instalação lá embaixo – agora tenho certeza de que era a bienal – que tinha umas paredes baixinhas com coisas de exposição escritas nelas, e tinha valetas em frente às paredes e as pessoas cabiam inteiras lá embaixo, mas tinham meio que se agachar pra ler alguma coisa escondida lá. Vendo lá de cima, parecia que as pessoas sumiam no chão, era interessantemente bizarro. Aí eu desci lá para ver e saíram da construção umas pessoas vestidas com roupas engraçadas, tipo de filme, meio de culto, mas algumas peladas, e elas dançavam alguma coisa que não lembro.

E como era de fato um sonho, acordei e tentei contar o que eu lembrava para minha namorada, pra quem sabe lembrar de tudo depois, à noite. Não lembro de tudo, mas algumas coisas vieram à minha cabeça e acho que entendo melhor. Essa coisa do navio-mansão ser a bienal me pegou de surpresa.

5 comentários:

  1. É, sempre acabamos com as calças curta quando fazemos a ruivinha ficar pelada na Bienal..

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  2. Eu sonhei recentemente que tinha sido isolado numa floresta, e estava preso dentro de um centro de segurança vijiado.. Acho que com essas Histórias da FEMA que vi no Youtube fiquei inconcientemente alerta de que por ser anti-iluminati posso acabar perseguido ou morto. Então, no meio do sonho (enquanto eu armava rebeliões e planos de fuga com os outros isolados, que eram escritores, musicos, teologos...) me liguei que era um sonho num subito momento onde quase fui pego por um guarda de vigilia no momento em que eu fugia de lá, mas tudo era tão perplexamente fuckin' real que eu mesmo sabendo que era um sonho, não consegui parar de fugir, até que tomei um tiro e morri...

    Acho que a vida é um sonho, e mesmo que percebecemos isso, continuariamos a viver, até conseguirmos apreender isso como "realidade"... mas... seguindo esse raciocinio, se conclui entao que não há realidade, somente criação...

    Meu nome é Melqui... Fui...

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